Grupo paga R$ 28,5 mi por empresa de radares

João Carlos de Faria - O Estado de S.Paulo
 
A Embraer Defesa e Segurança, unidade de negócios autônoma criada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) em dezembro do ano passado para cuidar de projetos e negócios da área militar, anunciou ontem a compra do controle de uma operação de radares para aeronaves. A Embraer pagou R$ 28,5 milhões por 64,7% do capital social da divisão de radares da Orbisat da Amazônia S.A., também sediada em São José dos Campos. O negócio tem previsão de faturamento superior a R$ 50 milhões neste ano, segundo comunicado divulgado pela Embraer.

 
Fundada ha 13 anos, a Orbisat criou a divisão de radares em 2002 com o objetivo de fornecer tecnologia de sensoriamento para companhias dos setores aéreo, marítimo e terrestre.

 
Divisão. Com a aquisição, a Orbisat será dividida em duas empresas. João Moreira Neto, um dos fundadores da companhia, passará a ser sócio minoritário da Embraer Defesa e Segurança, carregando consigo toda a operação de radares. Outros dois fundadores da Orbisat - o atual presidente, Rogério Ferraz, e o diretor Benedicto Nogueira - continuarão com o controle acionário do negócio de equipamentos eletrônicos, que hoje representa cerca de 60% das receitas da Orbisat, que continuará a funcionar sob o mesmo nome. Para Ferraz, mesmo a parte não adquirida pela Embraer será beneficiada, uma vez que a companhia sai do acordo mais capitalizada. "Com a divisão (do negócio), o segmento de eletrônicos ganhará fôlego, pois daremos uma nova injeção de recursos para a área, que já representa a maior parte do faturamento."

 
Para o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, a Orbisat detém uma tecnologia que poucos países do mundo dominam. "A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional", afirmou. A empresa informou que a maior parte da equipe, composta por cerca de 250 funcionários, deverá ser absorvida pela nova empresa de eletrônicos, que continuará operando com suas equipes administrativa e de vendas, na unidade de São José dos Campos, e com a linha de produção, em Manaus.

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