LAAD 2011: Jobim afirma que Brasil está maduro para salto qualitativo em defesa nacional

José Romildo
Assessoria de comunicação Social
Ministério da Defesa

Rio de Janeiro, 12/04/2011 – Ao participar da abertura da LAAD 2011 (Latin America Aerospace & Defence), na manhã desta terça-feira (12), no Riocentro, Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o País está maduro para dar um “salto qualitativo” no que se refere à execução do plano da defesa nacional. “Temos a oportunidade histórica de legar às futuras gerações uma nação melhor do que aquela que recebemos de nossos pais”, disse Jobim.

A LAAD 2011 – Latin America Aerospace & Defence, maior feira de tecnologia de defesa e segurança da América Latina, foi aberta pelo presidente da República em exercício, Michel Temer. Promovido pela empresa Clarion Events, o evento conta com o apoio institucional do Ministério da Defesa (MD) e das Forças Armadas. A feira termina no próximo  dia 15 (sexta-feira). Evento bienal, a LAAD reúne empresas brasileiras e internacionais especializadas no fornecimento de equipamentos e serviços para as três Forças Armadas, bem como polícias, forças especiais e serviços de segurança.

Participam da feira, que neste ano chega à 8ª edição, desenvolvedores de tecnologia de ponta em equipamentos, sistemas, dispositivos de proteção, simuladores, aeronaves, veículos e embarcações militares.

Jobim citou, entre as realizações já cumpridas, a Estratégia Nacional de Defesa e a aprovação, pelo Congresso Nacional, do arcabouço legal que reforçou o papel do Ministério da Defesa. Apesar da relevância dessas ações, disse o ministro, muito ainda precisa ser feito. “Precisamos recuperar décadas de atraso”, afirmou.

Eis a íntegra da apresentação do ministro Nelson  Jobim, durante a abertura da LAAD 2011:
“Tenho enorme satisfação em participar da cerimônia de abertura da edição 2011 da LAAD, a mais importante feira de material de defesa da América Latina. Vivemos um momento singular em nosso País. Os avanços recentes da nossa economia, acoplados às políticas de inclusão social desenvolvidas ao longo de sucessivos governos, permitiram que o Brasil alcançasse um novo patamar no concerto das nações.

O País tímido de outrora, perplexo diante de suas disparidades socioeconômicas e desarranjo inflacionário, ficou, esperamos que definitivamente, para trás. Estamos maduros para dar um necessário salto qualitativo em diversas áreas, inclusive no plano da defesa nacional.

Temos hoje a oportunidade histórica de legar às futuras gerações uma nação melhor do que aquela que recebemos de nossos pais. No que se refere à minha pasta, quero enfatizar que muito fizemos nos últimos anos, sobretudo depois da publicação do nosso plano diretor – a Estratégia Nacional de Defesa (END) – e da aprovação pelo Congresso da reforma do arcabouço legal que enquadra o Ministério da Defesa.

Apesar disso, muito ainda precisa ser feito. Precisamos recuperar décadas de atraso. Para que os senhores tenham uma idéia da dimensão da tarefa, faço uma comparação simples.

A Direção Geral do Armamento francesa (DGA), responsável por todo o processo de aquisição de material bélico utilizado pelas forças armadas daquele Estado, possui 13.000 empregados e completou este ano 50 anos de existência.

Nossa recém-criada Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), que seria a equivalente funcional da DGA, não tem mais do que algumas dezenas de colaboradores.

Essa comparação não deve servir para nos desanimar. Pelo contrário, constitui exemplo cabal do trabalho que resta a fazer e das gigantescas possibilidades de avanço que se abrem no futuro próximo.

Apesar de todas essas possibilidades, não sou determinista. O sucesso de nossas iniciativas está vinculado ao trabalho duro e ao planejamento coerente.

Precisamos aprovar uma lei de programação militar que permita um mínimo de previsibilidade e de estabilidade dos fluxos de recursos direcionados à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos militares. Sem esse instrumento, um planejamento de médio e longo prazos torna-se virtualmente impossível.

O Brasil encontra-se no limiar de um período completamente novo de sua história como Estado independente. Não podemos repetir erros do passado. Para romper esse limiar é preciso dar passos na direção correta. Nada se dará magicamente. É necessário que saibamos construir o futuro que nos interessa. Esta feira representa excelente oportunidade para avançarmos na direção de um aparato de defesa mais moderno e robusto – no qual as empresas nacionais desempenharão papel primordial.

Agradeço a presença de todos nesta cerimônia e desejo que possamos aproveitar o evento que ora se inicia para fortalecer ainda mais a parceria entre governo e setor privado no campo industrial-militar.”

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