Brasil teria vendido armamento

Manuel Martínez - Correio Braziliense
 
Representantes da comunidade líbia no Brasil querem que o país investigue supostas vendas ilegais de armas ao ditador Muamar Kadafi. Também pedirão ajuda brasileira para encontrar e desativar minas explosivas em território líbio. As solicitações serão protocoladas, hoje, em Brasília, na Procuradoria Geral da República, em nome do Conselho Nacional de Transição (CNT).

 
Na terça-feira, a emissora britânica BBC informou que centenas de pistolas brasileiras foram encontradas em uma fábrica de alimentos em Trípoli. "Precisamos da ajuda do Brasil para investigar denúncias de vendas irregulares de armamentos ao ditador Kadafi. E o CNT necessitará que os brasileiros mostrem como funcionam as minas que venderam à Líbia, que são uma grande ameaça à população", disse Abdalla Al-Hamdy ao Correio. Ele integrou o grupo que há duas semanas ocupou a embaixada líbia.

 
Denúncia
 

Ontem, o repórter Wyre Davies, da BBC, disse que um arsenal foi encontrado nas instalações de um fabricante de enlatados. Os armamentos seriam russos, mas a maior parte das pistolas teria origem brasileira. As imagens mostravam caixas de madeira vazias. O jornalista exibiu um panfleto, segundo o qual parte dos artefatos teria origem no Brasil. O Itamaraty negou-se a comentar o caso. O Ministério da Defesa, por sua vez, lembrou que o último lote de armamentos brasileiros foi vendido à Líbia em 1988. Teriam sido enviados fuzis, carros blindados, veículos lançadores de foguetes e minas.

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