Amorim diz a empresários que MP de produtos de defesa mostra importância que governo atribui ao setor

Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa


Brasília, 03/10/2011 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que a edição da medida provisória que cria incentivos para indústria nacional de defesa revela a importância que a presidenta Dilma Rousseff atribui ao setor. 


“Isso é demonstrado pela relevância da defesa em si, mas também pela importância dessa indústria pelo que ela tem de estratégico para o desenvolvimento do país”, disse.

A declaração foi feita a um grupo de empresários e militares durante jantar em homenagem às Forças Armadas brasileiras oferecido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento ocorreu na última sexta-feira (30/09), na sede da entidade, em São Paulo – um dia após o anúncio, pelo Governo Federal, do envio ao Congresso da MP que fixou medidas de fomento à indústria nacional de defesa, entre as quais a criação de um regime especial de tributação para o segmento.

Segundo Amorim, o estabelecimento de um novo marco regulatório com medidas de estímulo à indústria de defesa servirá para aplacar as críticas de que o Brasil produz apenas commodities e bens de baixo valor agregado. “Temos aqui uma oportunidade de trabalhar juntos para ter uma indústria de alto valor agregado, que gera muitas outras oportunidades”, ressaltou.

O ministro destacou o papel-chave que o segmento de produção de bens de emprego militar tem para o desenvolvimento tecnológico e científico das nações. Tomando como exemplo os Estados Unidos, ele lembrou que, embora naquele país grande parte das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento esteja nas mãos de empresas privadas, metade do que é feito ali decorre de encomendas, diretas e indiretas, do Pentágono. 


“Não quero dizer que tenha que ser assim no Brasil. Mas temos que ter clareza disso. É dessa forma que se faz desenvolvimento tecnológico: com a participação de empresas”, afirmou.

Amorim reforçou seu ponto de vista sobre a necessidade de envolvimento do setor privado na produção de bens e serviços de defesa, relembrando um trecho do discurso da presidenta Dilma Roussef no lançamento da MP em que ela afirma que a absorção de tecnologia se dá por meio das empresas nacionais. “Governo não absorve tecnologia. As universidades fazem pesquisa, mas tecnologia quem absorve é empresa”, disse o ministro, acrescentando que essa capacidade deve ser incentivada e preservada.

Na avaliação do ministro da Defesa, o país precisa cuidar para que empresas desenvolvidas com apoio do Estado não se desnacionalizem por falta de uma política efetiva para o setor. Ele mencionou o êxito de alguns projetos de defesa no Brasil, e afirmou esperar que iniciativas semelhantes se espalhem para indústrias da área civil, garantindo soberania, autonomia, empregos e competitividade internacional para o país.

Durante seu discurso, Amorim endossou as palavras antes proferidas pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sobre e dedicação e a coragem com que as Forças Armadas brasileiras enfrentam seus desafios no país e fora dele, sobretudo nas missões de paz de que participam.

Amorim afirmou ter ficado impressionado com a capacidade dos militares brasileiros de executar ações humanitárias. Ele também recordou um episódio envolvendo o Exército no Haiti em que tropas brasileiras renderam, sem ferir ninguém, ex-militares ligados a ações ilícitas que haviam invadido a casa do ex-presidente Jean Bertrand Aristide. “Esse fato demonstra que a consciência de ter a força é uma das coisas que permite agir pacificamente”, afirmou.

Participaram do jantar oferecido pela Fiesp os comandantes das Forças Armadas almirante Moura Neto (Marinha), general Enzo Peri (Exército) e brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica), o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, além de outros oficiais generais, empresários e demais convidados da Federação.

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