Dia do Material Bélico - 30 de outubro

MINISTÉRIO DA DEFESA
Assessoria de Comunicação Social
Ao longo da História, o apoio logístico mostrou-se peça chave nas operações militares. Nesse contexto, o Material Bélico é o responsável pela logística do material, garantindo a mobilidade e a potência de fogo da Força Terrestre, por meio do apoio cerrado e contínuo nas atividades de manutenção, suprimento, transporte especializado e evacuação.
O Material Bélico está apoiado em uma doutrina que considera as características do moderno campo de batalha, visando proporcionar estruturas que viabilizem um apoio logístico dinâmico e flexível.
NOSSA HISTÓRIA
As origens do atual Quadro de Material Bélico remontam ao período colonial da história do Brasil, quando se organizaram estruturas capazes de apoiar e prestar manutenção ao material militar do Exército Colonial.
Sua criação efetivou-se por meio da Lei 3.654, de 04 de novembro de 1959, tornando-se o componente operacional do Exército que aglutinou os antigos setores que se dedicavam à logística de suprimento, manutenção e evacuação.
Nosso Patrono, o Tenente-General Carlos Antônio Napion, nasceu em Turim – Itália, em 30 de outubro de 1756. Sua história confunde-se com os primórdios do Material Bélico e com a implantação da indústria de material de defesa no Brasil.
Em 1800, após a conquista da Itália por Napoleão, passou a servir ao Reino de Portugal, vindo para o Brasil em 1808, na comitiva da Família Real. Criou e dirigiu a Fábrica de Pólvora da Lagoa e o Arsenal Real do Exército, origem do atual Arsenal de Guerra do Rio. Foi, também, Inspetor Geral de Artilharia, aprimorando a estrutura das fortalezas da Colônia e ampliando a Real Fábrica de Armas da Conceição. Essas organizações foram as raízes de toda a estrutura de Material Bélico do Exército Brasileiro. Como presidente da Junta Militar da Academia Real Militar, criada em 1810, coube a Napion organizá-la e dirigi-la, função que ocupou até sua morte em 27 de junho de 1814. Tal fato conferiu-lhe o privilégio de ter o seu nome colocado em primeiro lugar na galeria de ex-comandantes da Academia Militar das Agulhas Negras. O precioso legado de suas profícuas realizações tornou-o merecedor do reconhecimento da Instituição e do País, que o consagrou Patrono do Material Bélico.
Por sua destacada atuação em Portugal e no Brasil, por sua grande contribuição na renovação de nossos arsenais de guerra e por ter implementado a indústria bélica no País, primeira atividade industrial aqui instalada, o Decreto nº 59.068, de 12 de agosto de 1966, instituiu o Tenente-General Carlos Antonio Napion como Patrono do Material Bélico.
TRANSFORMAÇÃO
No decorrer da História, os exércitos buscaram sempre o aperfeiçoamento das técnicas de emprego e do seu equipamento, visando aumentar a eficiência e propiciar melhores condições para o combate, ao longo dos conflitos armados.
À medida que os campos de batalha tornavam-se cada vez mais mecanizados, com o emprego de novas tecnologias, a logística de material seguiu crescendo de importância, com expressivo aumento da necessidade de manutenção dos meios bélicos utilizados, buscando aumentar a vida útil e a confiabilidade dos equipamentos e, paralelamente, diminuir os gastos com sua reposição.
Dentro dessa nova realidade, o Material Bélico encontra-se em um ponto vital do Exército, pois o funcionamento dos diversos Sistemas Operacionais e das Armas que os integram depende diretamente do apoio daquele para garantir a capacidade operacional da Força Terrestre. A excelência no apoio, caracterizada pela rapidez e eficiência de manutenção, transporte e suprimento, é um fator determinante para o triunfo no combate.
Com o avanço da tecnologia empregada nos campos de batalha, cresce ainda mais a importância de o nosso Exército enfatizar a manutenção dos seus meios, criando uma mentalidade de manutenção duradoura em seus efetivos e aperfeiçoando a doutrina existente, aumentando a capacidade de emprego e de permanência em ação de suas tropas.
Por tudo isso, é que o Quadro de Material Bélico esforça-se em manter-se moderno, capaz de atuar em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer tempo, pois, de sua eficiência depende o sucesso do Exército na execução de suas missões, tanto em combate como na paz.

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