Hillary se compromete em aumentar apoio militar às Filipinas

FOLHA DE SP

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se comprometeu nesta quarta-feira em aumentar o apoio militar para as Filipinas em seus domínios marítimos, diante do aumento das tensões com a China nos últimos meses por disputas territoriais.

"Estados Unidos não tomam posições em nenhuma disputa territorial, mas nenhuma nação tem o direito de exigir territórios por meio da intimidação e da coerção", disse Hillary durante visita à capital filipina, Manila, após se reunir com o presidente Benigno Aquino e o titular da Defesa, Albert del Rosario.

A visita da secretária de Estado americana faz parte da comemoração do 60º aniversário do tratado de defesa assinado entre os dois países.

Hillary e o ministro filipino de Assuntos Exteriores, Albert del Rosario, assinaram uma declaração que pleiteia por acordos multilaterais para resolver o conflito das ilhas Spratly, ricas em recursos naturais e disputadas pelas Filipinas, Brunei, China, Malásia, Taiwan e Vietnã.

O documento apela por "manter a liberdade de navegação, o comércio e o trânsito de pessoas no mar".

"Nossa opinião é que as disputas existentes entre as Filipinas e a China deveria ser resolvidas de maneira pacífica", disse Hillary após encontro com Rosario.

A secretária americana disse ainda que os "Estados Unidos sempre estarão do lado das Filipinas". Del Rosario disse que o apoio de Washington ao seu país oferece "uma defesa mais forte e confiável", e reforçou que as Filipinas tentarão resolver o conflito territorial com intermédio da ONU.

As ilhas Spratly compreendem um conjunto de pequenos desertos incultiváveis no mar da China, que causou tensão entre os países vizinhos desde que se descobriu a riqueza energética em duas águas.

Desde então, há três décadas, os países que reivindicam o arquipélago inteiro ou parte dele começaram a aumentar a presença na região com embarcações ou instalações permanentes, o que ampliou as tensões.

FORA DA POLÍTICA

Durante a visita a Manila, Hillary anunciou que sairá da linha de frente da política quando deixar o cargo e descartou a possibilidade de se apresentar como candidata a presidente ou vice nas próximas eleições dos Estados Unidos.

"Agradeço muito que haja gente que queira que eu me candidate, mas realmente acredito que chegou a hora de terminar meu serviço público", disse Hillary durante um encontro com jovens filipinos e transmitido pela televisão local.

"Tive a oportunidade de competir como candidata a presidente e espero ter quebrado alguns preconceitos sobre a participação política das mulheres, mas agora desejo iniciar uma nova etapa da minha vida e encontrarei novas maneiros de servir ao meu país", assinalou.

O encontro, que ocorreu no Museu Nacional de Manila, foi interrompido quando ativistas protestaram contra o 60º aniversário do tratado de defesa entre os Estados Unidos e as Filipinas, que motivou a visita de Hillary ao país.

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