França diz ter testes que confirmam uso de gás sarin na Síria

FOLHA DE SP
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse nesta terça-feira que o país tem testes que confirmam o uso de gás sarin em diversas ocasiões no conflito na Síria. No entanto, não deu detalhes sobre quem e onde o agente químico foi aplicado.

A declaração de Fabius acontece horas depois de a comissão de investigação da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a Síria informar em relatório "ter motivos para acreditar" no uso das bombas na Síria. O grupo, porém, afirma que ainda testará amostras para determinar as circunstâncias em que se deram os ataques.

Em comunicado, o chanceler francês afirma que as provas foram submetidas a análise por um laboratório no país europeu e atestaram a presença do gás tóxico. O ministério não dá detalhes na nota sobre como foram feitos os testes e em que circunstâncias as provas foram obtidas.

Segundo fontes diplomáticas ouvidas pela agência de notícias France Presse, as provas foram obtidas por dois jornalistas do "Le Monde" em Jobar, na periferia da capital Damasco, e em Saraqeb, na Província de Idlib, no norte da Síria.

Na semana passada, o jornal francês afirmou que houve uso da arma nas duas regiões em meados de abril. Os locais também constam na lista da ONU de acusações de aplicação do armamento. Os outros registros avaliados se referem a duas ações na Província de Aleppo, no norte do país.

Para Fabius, o uso das armas é inaceitável e que deve ser punido pela comunidade internacional. Os resultados dos testes foram encaminhados por Paris ao chefe da missão de investigação de armas químicas da ONU, Ake Sellstrom.

RELATÓRIO

Minutos após a divulgação dos testes franceses, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que os Estados Unidos precisam ainda de mais provas sobre o uso de gás sarin. No mês passado, o presidente Barack Obama afirmou que só autorizaria uma intervenção estrangeira se a aplicação do armamento for comprovada.

Mais cedo, a ONU afirmou "ter motivos para acreditar" que houve uso de armas químicas em quatro ocasiões na Síria entre março e abril, mas sem dar detalhes sobre as circunstâncias em que foram usadas.

Em nota, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ter sentido repulsa ao ler o relatório, que também informa sobre os crimes de guerra cometidos pelos dois lados do problema. "Francamente ele achou a lista de atrocidades neste informe repugnante e impressionante", disse seu porta-voz, Martin Nesirky.


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