Grupos contra e a favor do ditador Assad, da Síria, enfrentaram-se em Beirute

Guerra civil síria tornou pior impasse político que levou a adiamento de eleição; na fronteira, conflito sectário cresce

FOLHA DE SP

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Parlamento do Líbano foi isolado ontem pelo Exército após uma noite de violentos confrontos na capital, Beirute, contra o adiamento da eleição geral de junho. Nos protestos, houve confronto entre manifestantes favoráveis e contrários ao regime do ditador sírio, Bashar al-Assad. 


Os cerca de cem manifestantes entraram em conflito com a polícia na porta do prédio do Legislativo. Outros 20 montaram acampamento do lado de fora do edifício. Em alguns pontos da capital, ruas foram bloqueadas com barricadas de pneus em chamas.


Os combates na Síria já levaram mais de 500 mil sírios a se refugiarem no Líbano, piorando o impasse político que levou ao adiamento das eleições libanesas para 2014 e atrapalhou os esforços para formar o novo governo. 


O ex-premiê Fouad Siniora, sunita, alertou nesta semana para o potencial de um "colapso do Estado". O presidente Michel Suleiman fez um apelo ao Hizbullah, milícia xiita libanesa, para que retire combatentes da Síria, sob o risco de causar maior instabilidade no Líbano.

VIOLÊNCIA SECTÁRIA 

 
No vale do Bekaa, região do leste libanês na fronteira com a Síria, diversas cidades tiveram protestos em solidariedade aos moradores da cidade sunita de Arsal, que estariam sendo mantidos confinados por forças de segurança que investigam um atentado contra quatro xiitas. 


A guerra civil síria intensificou a violência sectária no vale do Bekaa -- no país vizinho, o Hizbullah e pistoleiros sunitas do Líbano se envolveram em lados opostos no conflito, que já dura 27 meses. 

Foguetes vindos de supostas posições rebeldes na Síria têm atingido localidades xiitas do Líbano desde que o Hizbullah interveio para ajudar o Exército sírio a reconquistar o controle de Qusair, no começo deste mês. 

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