EUA excluem intervenção unilateral na Síria e defendem cooperação internacional

RFI

Os Estados Unidos não pretendem intervir na Síria sem o apoio da comunidade internacional, disse nesta segunda-feira o secretário da Defesa, Chuck Hagel, que está na Indonésia. Na manhã de hoje, o chanceler britânico William Hague já havia declarado que uma intervenção não está descartada, mesmo sem o aval da ONU.

O chefe do Pentágono não deu detalhes sobre as opções militares que estariam sendo analisadas pelos Estados Unidos, e se recusou a afirmar se existe a possibilidade de uma intervenção se o ataque químico for comprovado. O país está cada fez mais convencido da utilização de gases tóxicos em Damasco na semana passada.

"Existem sinais claros sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio", disse o assessor de Hagel. Segundo ele, o secretário discutirá em breve a situação com a França e o Reino Unido, e qualquer ação será realizada em cooperação com os aliados internacionais e embasada legalmente.

Nesta segunda-feira, uma equipe de observadores da ONU chegou ao local onde ocorreu o ataque. Os integrantes da delegação chegaram a conversar com alguns dos feridos no suposto bombardeio químico e recolheram amostras.

O primeiro-ministro britânico David Cameron deverá presidir uma reunião do conselho de segurança nacional britânico sobre a Síria nesta quarta-feira, e todas as opções, inclusive as militares, serão discutidas. O chanceler William Hague disse hoje que uma reação sem o aval da ONU era possível.

A Árabia Saudita também pediu hoje que o Conselho de Segurança aja rápido para interromper o massacre no país.

Desde o início do conflito na Síria, em 2011, a Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, vetaram três projetos de resolução condenando o regime de Bachar al-Assad.

Hoje o chanceler russo Serguei Lavrov disse que qualquer ataque à Síria sem consenso na ONU seria uma ‘’violação’’ do direito internacional. Ele também disse que o Ocidente acusa os sírios "sem provas", e declarou que a Rússia não entraria em guerra.



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