Moscou: Dados sobre o uso de armas químicas na Síria são “inconsistentes”

Informações apresentados pelos Estados Unidos foram criticadas pela Rússia

Diário da Rússia

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os dados que Moscou recebeu de Washington sobre o uso de armas químicas na Síria são inconsistentes e criticou a falta de detalhes e provas concretas do relatório. Segundo o chanceler russo, em alguns trechos específicos faltam coordenadas geográficas, nomes e provas de quem foram os profissionais que coletaram as amostras. Tampouco se comenta que muitos especialistas questionam a autenticidade dos vídeos que estão online.

Para Lavrov, que discursou para estudantes e professores do Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou, os países ocidentais recusam-se a apresentar evidências concretas com a desculpa de estarem lidando com dados sigilosos. "O que nos mostraram anterior e recentemente nossos parceiros norte-americanos, assim como os franceses e os britânicos, não nos convence em absoluto.” O chefe da diplomacia russa comentou que, com a ausência de confirmações claras, não há fatos comprovados.

No domingo, 1º, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que Washington tinha provas de que gás sarin, um agente químico extremamente tóxico, havia sido usado em um ataque na periferia de Damasco no último dia 21 de agosto.

A Casa Branca apresentou ao congresso um projeto de documento em que o Presidente norte-americano Barack Obama solicita a aprovação do senado e da câmara dos representantes para iniciar uma ação militar contra a Síria. O chefe de Estado havia advertido Damasco anteriormente de que o uso de arsenal químico na guerra civil seria uma "linha vermelha" para o regime sírio e faria com que os Estados Unidos revisassem sua posição sobre o conflito no país árabe.


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