Exército comemora missões de paz no mundo

O Exército mantém homens no Haiti desde 2004: assistência e reconstrução


Diego Abreu | Correio Braziliense

Com participação em missões de paz mundo afora desde 1948, o Brasil comemorou neste mês de dezembro 25 anos do Prêmio Nobel da Paz, concedido, em 1988, às Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas, da qual o Exército brasileiro fez parte. A primeira participação do país em uma missão desse tipo aconteceu em 1948, nos Balcãs. Nos 40 anos seguintes, o país enviou tropas também para o Oriente Médio, Nova Guiné, Chipre, República Dominicana, Índia e Paquistão.

Mais recentemente, as Forças Armadas brasileiras estiveram no Timor Leste, onde já encerrou sua missão. Desde 2004, o Exército mantém homens no Haiti, na Companhia de Engenharia e no Batalhão de Infantaria de Força de Paz — Batalhão Haiti. Cada brasileiro passa em média seis meses em missões de tropa e 12 meses em missões individuais. Atualmente, são mais de 1,4 mil brasileiros no país da América Central. A capital haitiana, Porto Príncipe, foi atingida por um forte terremoto em janeiro de 2010, que deixou mais de 200 mil mortos.

O tenente-coronel do Exército Charles Roberto, que atualmente trabalha na formação de militares que são enviados para o Haiti, passou um ano no país caribenho na condição oficial de Patrimônio. Ele destaca a importância do trabalho realizado por brasileiros. “Temos uma tropa que mantém o ambiente seguro e estável. E temos a Companhia de Engenharia, que constrói estradas, escolas. Contribuímos de forma geral para a melhoria da situação de vida dos haitianos”, disse Roberto.

A primeira experiência histórica das Forças Armadas do Brasil em missão de paz das Nações Unidas foi o envio do chamado “Batalhão de Suez”, com aproximadamente 600 homens que foram para o Egito, entre 1957 e 1967. O grupo foi levado para proteger e supervisionar a cessação de hostilidades em um momento em que forças egípcias e israelenses enfrentavam intensos conflitos.

“Contribuímos de forma geral para a melhoria da situação de vida dos haitianos”

Charles Roberto, tenente-coronel do Exército


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