Rússia nega ordem de rendição imediata de forças da Ucrânia na Crimeia

A população da Crimeia apoia a decisão russa de defender seu território


Correio do Brasil
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou

A Frota da Rússia no Mar Negro concedeu o prazo de até as 5h de terça-feira (meia-noite, no horário de Brasília) para as forças ucranianas na Crimeia se renderem ou enfrentarão um ataque militar, informou a agência russa de notícias Interfax, citando uma fonte do Ministério da Defesa da Ucrânia. O ultimato, segundo a Interfax, teria sido apresentado por Alexander Vitko, comandante da frota, mas em uma nota pública, as autoridades russas negaram a determinação

O ministério não confirmou imediatamente o relato e não houve comentário imediato da Frota do Mar Negro, que tem uma base na Crimeia, onde forças russas estão no controle. “Se eles não se renderem antes das 5h de amanhã, um ataque real será iniciado contra as unidades e divisões das forças armadas por toda a Crimeia”, disse a agência citando a fonte do ministério.

Logo em seguida, também em nota, as autoridades militares russas afirmaram que não foi emitido nenhum ultimato às forças ucranianas na Crimeia para se renderem ou enfrentarem um ataque, de acordo com mesma a agência de notícias Interfax, citando um oficial no quartel-general da frota. Segundo a fonte do quartel-general citada agora pela Interfax, nenhum ataque foi planejado, acrescentando que “isso é um completo absurdo”.

Tensão com EUA

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os comentários recentes do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, contêm ameaças contra a Rússiae são “inaceitáveis”. Kerry condenou no domingo o que chamou de “incrível ato de agressão” da Rússia na Ucrânia, depois que forças russas tomaram o controle da região da Crimeia e o Parlamento deu ao presidente russo, Vladimir Putin, autorização para o envio de militares à Ucrânia.

A Rússia afirmou, ainda, nesta manhã, que as críticas da Otan sobre suas ações na Crimeia não ajudarão a estabilizar a situação na Ucrânia, depois que a aliança ocidental disse que Moscou está ameaçando a paz e a segurança na Europa.

“Nós acreditamos que uma posição assim não ajudará a estabilizar a situação na Ucrânia e somente encoraja aquelas forças que gostariam de usar os eventos atuais para alcançar seus objetivos políticos irresponsáveis”, disse o Ministério das Relações Exteriores russo, em nota.



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