Sistemas de defesa chineses na NATO

Turquia deve comprar FD-2000 para defesa anti-aérea

Área Militar

Aparentam caminhar na direção do sucesso as negociações entre a Turquia e a China, para a aquisição pelos turcos de um sistema integrado de defesa aérea de concepção chinesa


A intenção das autoridades turcas é conhecida desde o final de 2013, mas há agora a confirmação de que tudo se encaminha no sentido da aquisição do sistema de defesa anti-aérea de longo alcance FD-2000, que a Turquia pretende integrar nos sistemas de defesa da NATO.

Caso a movimentação se conclua, será a primeira vez que um país da NATO instala um sistema de defesa relevante e o integra na rede de defesa da aliança.

Tradicionalmente os países da NATO não apreciam a utilização de sistemas de armas não produzidos por países dentro da própria aliança e desaconselham a sua aquisição, dado estes sistemas se poderem transformar num risco.

O risco mede-se tanto pela possibilidade de boicotes à manutenção, como pela possibilidade de software oculto poder por em causa a operacionalidade dos sistema como ainda pela simples possibilidade de confusão em caso de conflito.

A aquisição deste sistema de defesa chinês, que é uma versão aperfeiçoada do sistema soviético S-300PMU utilizando um sucedâneo do míssil soviético 5V55, foi vista como um sinal de que a Turquia pretende olhar mais para oriente, relegando para segundo plano a NATO e a União Europeia.

No entanto, embora tenham sido manifestados receios em algumas capitais europeias e nos Estados Unidos sobre essa eventual opção estratégica da Turquia, analistas naquele país euro-asiático e na Europa afirmam que a razão da compra está muito mais relacionada com a intenção das autoridades turcas de aumentar as capacidades da industria do país no campo do desenvolvimento de sistemas de mísseis.

Ao contrário dos sistemas concorrentes, da Europa e dos Estados Unidos, o sistema chinês, que utiliza mísseis HQ-9, poderá ser parcialmente produzido na Turquia, aumentando assim a capacidade do país para desenvolver e adaptar novos sistemas às suas necessidades.


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