Situação continua tensa no leste da Ucrânia

Duas colunas de veículos blindados entraram em Kramatorsk, uma das cidades da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde os partidários da federalização do país continuam protestos.


Voz da Rússia


Cerca de 60 militares, membros das tripulações de veículos blindados, enviados a Kramatorsk para esmagar a resistência popular ao regime de Kiev, tomaram partido dos manifestantes, anunciou uma fonte do quartel-general de milícias.

Os militares tinham tirado bandeiras ucranianas e transportaram suas viaturas a Slavyansk. “Vimos com nossos próprios olhos que os habitantes locais não são terroristas, nem separatistas. Não vamos lutar contra eles”, disse um soldado. Os manifestantes estão conversando com os tripulantes, tirando fotos dos seus blindados.

No entanto, em Kramatorsk ficaram algumas unidades, inclusive tanques e blindados, leais às autoridades de Kiev.

Segundo revelou o deputado do parlamento ucraniano, Serguei Sobolev, as bandeiras russas colocadas nos blindados do Exército ucraniano que entraram em Slavianovsk “foram uma mera artimanha para penetrar, dessa maneira, nas regiões do leste controladas por partidários de federalização”.

De acordo com informações anteriores, recebidas de Kramatorsk e Slavyanvsk, as tropas ucranianas tinham passado para o lado de milícias populares, tendo içado bandeiras russas em cima de viaturas.

“Foi assim que os nossos destacamentos armados utilizaram com êxito métodos de guerrilha”, transmite a agência noticiosa Unian, citando o deputado.

A Suprema Rada da Ucrânia apoiou a atuação das forças de segurança e de aplicação da lei no leste da Ucrânia, disse o primeiro vice-premiê, Vitali Yarema, depois de uma sessão parlamentar à porta fechada, na qual foram ouvidos relatórios dos chefes das agências de segurança e de aplicação da lei.

"A Suprema Rada aprovou uma resolução de apoio às ações que estão sendo realizadas no leste da Ucrânia pelas agências de aplicação da lei, pelo Ministério da Defesa e todas as agências de segurança", especificou ele.

Além disso, o funcionário comunicou que o ministro da Defesa, Mikhail Koval, se deslocou para o leste do país, onde está decorrendo uma operação especial.

Os soldados do exército ucraniano, que entraram na cidade de Slavyansk, ergueram a bandeira tricolor russa, dando assim a entender que eles passam para o lado dos partidários da federalização.

"Eles não foram capturados pelas forças de autodefesa. Os militares ucranianos vieram cá, é de ressaltar especialmente, sob a bandeira russa. Assim, eles passaram para o lado do povo", noticia correspondente do canal de televisão Rossiya 24.

Falando sobre a situação na vizinha Kramatorsk, o repórter destaca que uma coluna de veículos que chegou à cidade no início da manhã, foi bloqueda por moradores locais que impediram seu avanço.

Os membros da tripulação dos seis veículos de combate de infantaria, enviados pelas autoridades ucranianas à cidade de Kramatorsk, passaram para o lado dos milicianos, segundo relatam testemunhas oculares.

"Uma multidão de mulheres rodeou eles, começamos a dizer-lhes que somos os moradores pacíficos, que apenas estamos lutando pelos nossos direitos. Que aqui não há terroristas. Eles (disseram que) não vão atirar em nós. Uma bandeira russa foi colocada no veículo principal, e junto com nossos milicianos eles partiram em direção a Slavyansk", referiu uma testemunha ocular.

Desde março, o Sudeste da Ucrânia é o palco de comícios realizados por partidários da federalização. Mais cedo, as autoridades ucranianas anunciaram o início de uma operação especial em grande escala envolvendo o exército.

"Há duas colunas, de tanques e veículos de combate de infantaria, que acabaram de entrar (em Kramatorsk). A primeira coluna parou. Os tanques, entrementes, seguem adentrando na cidade", relata um representante das forças de autodefesa.

Enquanto isso, uma fonte das forças de autodefesa de Slavyansk informa que a coluna de veículos blindados, vinda do lado de Kramatorsk, tenta entrar na cidade. "Nossos milicianos estão procurando negociar com os militares, mas eles alertaram que têm ordens para atirar na pernas de todos quantos tratem de impedir o avanço da coluna", detalhou ele.








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