CIA promete deixar de disfarçar suas atividades com campanhas de vacinação

Segundo publicação, Brennan tomou essa decisão no ano passado, mas anunciou-a apenas agora.


Voz da Rússia

A porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Caitlin Hayden, declarou que o diretor da CIA, John Brennan, decidiu não recorrer a campanhas de vacinação, com a participação da equipe médica, para disfarçar as atividades da inteligência no exterior, relata esta terça-feira o jornal The Wasington Post.

Esta declaração foi a resposta a uma carta dos reitores de 12 universidades de medicina, enviada em janeiro de 2013, em que os cientistas protestaram contra as ações da CIA, cujos agentes utilizaram vacinação contra hepatite B para coletar dados sobre o paradeiro de Osama bin Laden com a ajuda do médico paquistanês Shakil Afridi.

"Essa disfarçada tentativa da inteligência de coletar informações sob o pretexto de serviços médicos humanitários levou a efeitos colaterais graves e teve um impacto sobre a saúde pública", afirma a carta dos reitores.

De acordo com The Wasington Post, a referida tentativa da CIA terminou em fracasso, e Afridi foi condenado a 23 anos de prisão paquistanesa por traição.

Embora Afridi não tenha sido o funcionário de uma organização humanitária, as informações sobre as operações da CIA levaram a um aumento da desconfiança em relação aos trabalhadores de tais missões no Paquistão. Como resultado, as organizações humanitárias internacionais foram obrigadas a retirar alguns dos funcionários do Paquistão em conexão com a morte de vários trabalhadores.


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