Pró-russos denunciam morte de civis durante operação militar ucraniana

Separatistas afirmam que 20 pessoas 'pacíficas e desarmadas' morreram.
Operação militar da Ucrânia tenta retomar áreas de resistência pró-russas.


EFE

As milícias pró-russas denunciaram neste sábado (3) a morte de 20 civis durante a operação antiterrorista lançada pelo Exército da Ucrânia na cidade de Kramatorsk, um dos pontos de resistência dos separatistas na região de Donetsk, no leste do país.

"Ontem à noite, 20 pessoas de nosso grupo morreram, todos civis pacíficos e desarmados", disse um dos porta-vozes da insurgência à agência oficial russa 'RIA Novosti'. Além disso, segundo a fonte, dezenas de pessoas ficaram feridas quando moradores dos arredores de Kramatorsk tentaram impedir a entrada dos blindados na cidade.

De acordo com a insurgência, os soldados ucranianos efetuaram primeiro vários disparos de advertência, mas, diante da recusa dos moradores em desbloquear a estrada, teriam começado a atirar contra a multidão.

Há algumas semanas, o Exército ucraniano perdeu vários blindados nos arredores de Kramatorsk que agora são utilizados pelos insurgentes para a defesa da cidade de Slaviansk.

O ministro do Interior, Arsen Avakov, informou que a operação antiterrorista contra Kramatorsk foi retomada durante o amanhecer, após várias horas de recesso pela noite, e que dois postos de controle situados no aeroporto da cidade foram destruídos.

Kiev lançou na madrugada de sexta uma ofensiva com o apoio de blindados e helicópteros para retomar o controle de Slaviansk, principal bastião dos milicianos pró-russos e onde continuam retidos seis observadores militares europeus.

O presidente interino, Alexander Turchinov, afirmou ontem que Slaviansk está totalmente cercada pelas Forças Armadas e que, durante a operação, os militares ucranianos sofreram duas baixas e sete soldados ficaram feridos.


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