Retorno da Crimeia à Rússia restaura 'verdade histórica', diz Putin

Presidente russo visitou península pela primeira vez desde anexação.
Ele foi a Sebastopol celebrar vitória em 1945 sobre os nazistas.


France Presse
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que o retorno da Crimeia à Rússia restaura "a verdade histórica", em um discurso a milhares de habitantes de Sebastopol, na península ucraniana anexada em março à Rússia. O presidente também disse que os direitos dos russos, incluindo o da autodeterminação, deveria ser tratado com respeito.

"O ano de 2014 vai ficar na história como o ano que viu os povos que vivem aqui decidir com firmeza de estar junto a Rússia, confirmando sua fidelidade à verdade histórica e à memória de nossos ancestrais", declarou Putin por ocasião da celebração da vitória em 1945 sobre os nazistas.

"Nós tratamos todos os países, todas as pessoas com respeito. Respeitamos seus direitos, incluindo, da mesma forma, a restauração da justiça histórica e o direito à autodeterminação"

A visita ocorre a apenas três dias da realização de um referendo em outras cidades do leste da Ucrânia sobre seu status e possível adesão à Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores ucraniano condenou a ida à Crimeia, classificando-a como uma deliberada escalada da crise entre os dois países. “Essa provocação é outra confirmação de que a Rússia está deliberadamente perseguindo mais tensões nas relações entre ucranianos e russos”, disse o ministério em comunicado.

O secretario-geral da Otan, Fogh Rasmussen, também condenou a visita de Putin à Crimeia, cuja anexação, em março, não foi reconhecida por potências ocidentais. Ele questionou informações sobre uma declaração do Kremlin de que havia retirado tropas da fronteira ucraniana e classificou a viagem como "inapropriada".

A Crimeia, até o início deste ano uma região autônoma da Ucrânia, foi anexada pela Rússia em março deste ano após fortes levantes separatistas que culminaram em um referendo no qual a adesão à Federação Russa foi aprovada.

A maior parte da população é de origem russa, e o separatismo se tornou mais forte após a derrubada do governo pró-russo de Kiev em fevereiro deste ano.


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