Dirigíveis guardando fronteiras da Rússia

O consórcio Vega, principal empresa do setor radioeletrônico da Rússia, está começando a testar um conjunto de aeróstatos prometedores de nova geração.


Oleg Nekhai | Voz da Rússia

A esfera de aplicação de tais aeronaves como dirigíveis, em primeiro lugar do destino civil, está ampliando constantemente. No setor do petróleo e do gás, estes aparelhos são utilizados para o transporte e a montagem de equipamentos de perfuração e durante a construção de plataformas de perfuração no mar. Além disso, dirigíveis podem ser empregados eficazmente na construção de usinas nucleares e hidrelétricas e na montagem de linhas de transmissão de energia elétrica.


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Foto: RIA Novosti
Na foto: dirigível russo (foto de arquivo)
Ao mesmo tempo, estruturas militares, inclusive o Ministério da Defesa, mostram-se interessadas em adquirir tais equipamentos. O Ministério da Defesa já começou a utilizar alguns modelos desses aparelhos. Dirigíveis são eficazes no patrulhamento, no monitoramento técnico e na aerofotografia. Hoje no mundo o setor de construção de dirigíveis especiais e aeróstatos militares está sendo desenvolvido rapidamente.

A imprensa já comunicara que em aeróstatos podem, por exemplo, ser montados elementos de sistemas de aviso de ataques de mísseis. Engenheiros russos desenvolvem sua atividade levando em consideração essas tendências. Embora antes na Rússia tais aparelhos aeronáuticos fossem subestimados em certa medida apesar do seu progresso impetuoso no exterior, hoje a situação está mudando para melhor. São obtidos resultados que inspiram otimismo, aponta o diretor-geral do consórcio Vega, Vladimir Verba:

“Uma empresa do consórcio elaborou um novo material composto de tecido e película para aparelhos aeronáuticos e começou sua produção em série. Apresentamos para testes ao Ministério da Defesa, como cliente estatal, um conjunto de aeróstatos multifuncionais de amarração de nova geração, desenvolvido por especialistas do Vega”.

Os aeróstatos desse conjunto são fabricados nomeadamente com a utilização do novo material. O consórcio, por sua iniciativa, efetuou vários trabalhos de pesquisa científica e de projeção. Foram testados aeróstatos de amarração no início de junho na cidade de Kirzhach da região de Vladimir com resultados positivos, destaca Vladimir Verba:

“Quanto à carga útil, ela pode ser diversa, incluindo radares de detecção de meios de ataques aeroespaciais que podem aparecer nos próximos tempos. Hoje dispomos de tais equipamentos e trabalhamos ativamente para montá-los em dirigíveis e aeróstatos”.

Na composição do consórcio entra uma empresa que está construindo aparelhos aeronáuticos de nova geração: aeróstatos e dirigíveis. Na opinião de especialistas, aeróstatos podem ser utilizados muito eficazmente para dar cobertura a fronteiras. Nesses aparelhos podem ser montados radares e especiais equipamentos destinados para o controle do narcotráfico. Os aparelhos são instalados numa altitude de vários quilômetros. O consórcio Vega já alcançou bons resultados desenvolvendo conjuntos de aeróstatos móveis no interesse do Ministério da Defesa. Ao mesmo tempo, o dirigível de carga de destino civil, produzido em série, deve, em opinião de especialistas, superar pela capacidade de carga o helicóptero Mi-26, capaz de transportar cargas de até 25 toneladas. O raio de ação desse aparelho não deve ser inferior a 1.000 quilômetros. A Avgur, a companhia russa mais avançada de construção de tais dirigíveis, já desenvolveu várias variantes de aparelhos em ação e está elaborando projetos de dirigíveis de grande capacidade de carga.



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