Coreia do Norte se diz preparada para confronto com os Estados Unidos

EUA dizem que país asiático tem ligação com ataque hacker à Sony.
Obama não considerou ataque um ato de guerra.


Do G1, em São Paulo

A Coreia do Norte divulgou neste domingo (21) um comunicado em que volta a negar envolvimento com o ataque cibernético sofrido pela Sony Pictures, afirma que os Estados Unidos deve pedir desculpas por indicá-la como culpada, e diz que seu Exército está preparado para um confronto com o país da América do Norte.

Segurança protege entrada de sala de cinema nos EUA durante pré-estreia do filme 'A entrevista' (Foto: REUTERS/Kevork Djansezian/Files)Segurança protege entrada de sala de cinema nos EUA durante pré-estreia do filme 'A entrevista' (Foto: REUTERS/Kevork Djansezian/Files)

No dia 24 de novembro, um ataque cibernético reivindicado pelo grupo autodenominado "Guardiães da Paz" (GOP, na sigla em inglês) atingiu o sistema da Sony Pictures e, fez ameaças contra o lançamento do filme "A entrevista", uma comédia sobre um plano da Agência Central de Inteligência americana, a CIA, para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O FBI diz que o GOP está ligado a Pyongyang.

Em comunicado publicado pela agência estatal "KCNA", o regime de Jong-un afirma que "o Exército e o povo da RPDC (Coreia do Norte) estão completamente preparados para um confronto com os EUA em todos os espaços de guerra, incluindo a cibernética".

"Nosso mais duro contra-ataque será dirigido à Casa Branca, ao Pentágono e a todo o território continental dos Estados Unidos superando amplamente o contra-ataque simétrico declarado por (Barack) Obama", afirma Pyongyang no comunicado.

Mais cedo neste domingo, Obama disse à rede de televisão norte-americana CNN que não considera a invasão ao sistema da Sony Pictures um ato de guerra, mas disse que é um ato de vandalismo cibernético. Obama também disse que o governo vai debater sobre a possibilidade de colocar a Coreia do Norte de volta à a lista de países que patrocinam o terrorismo.

20 de junho de 2014 – Após a divulgação do primeiro trailer do filme, autoridades da Coreia do Norte dizem que "A entrevista" é um símbolo do "desespero" da sociedade norte-americana, mas um porta-voz não oficial de Kim Jong-un afirma que o ditador provavelmente vai assistir ao filme de qualquer maneira.

10 de julho: Em uma carta a Ban Ki-moon, o embaixador da ONU Ja Song Nam reclama do filme e diz que "as autoridades dos EUA devem tomar ações imediatas e adequadas para proibir a produção e distribuição do filme".

14 de agosto: Sony declara a possibilidade de remover uma cena do filme em que o rosto de Kim Jong-un é mostrado derretendo.

24 de novembro: Fontes da Sony dizem que a empresa foi hackeada e chantageada por um grupo que deixou a mensagem: "Hacked by #GOP. Aviso: Nós já avisamos vocês, e isto é apenas o começo. Temos obtido todos os seus dados internos, incluindo segredos e grandes segredos."

1º de dezembro: Ao menos cinco filmes inéditos da Sony "vazam" na web.

2 de dezembro: O FBI inicia investigações sobre o envolvimento norte-coreano com o ataque hacker.

4 de dezembro: A Coreia do Norte nega envolvimento em ataque contra a Sony.

16 de dezembro: Guardians of Peace ameaça atacar as salas de cinema que exibirem "A entrevista", faz menção ao atentado de 11 de setembro e afirma ainda que "o mundo será tomado pelo medo". A pré-estreia do filme em Nova York é cancelada após as ameaças.

17 de dezembro: Sony anuncia o cancelamento do lançamento de "A entrevista" em todos os cinemas dos EUA.


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