Ex-chanceler francês: França deve fornecer navios Mistral à Rússia

O antigo ministro do Exterior francês Roland Dumas disse que o seu país deve fornecer os porta-helicópteros Mistral encomendados pela Rússia.


Sputnik

Falando nesta segunda-feira (16) na rádio RMC, o ex-político chamou às sanções antirrussas impostas por França de “grande erro”. 


Porta-helicópteros Vladivostok da classe Mistral em Saint-Nazaire
© REUTERS/ Stephane Mahe
Roland Dumas é um advogado e político socialista francês que ocupou o cargo do ministro do Exterior sob o presidente da França François Mitterrand desde 1984 até 1986 e desde 1988 até 1993. Foi também presidente do Conselho Constitucional entre os anos 1995 e 1999.

Anteriormente nesta segunda-feira (16) o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse à mesma emissora RMC que a questão da entrega dos Mistral à Rússia não está na agenda.

Em Janeiro, o ministro da Defesa tinha afirmado que o cessar-fogo completamente respeitado na Ucrânia e um roteiro de regularização política no país são as condições necessárias para o cumprimento do contrato entre a França e Rússia.

O presidente francês Francois Hollande disse, após as negociações em Minsk, que ainda não tem condições para o fornecimento dos navios à Rússia apesar dos novos acordos sobre a regularização da crise ucraniana.

A companhia russa de exportação e importação de armamentos Rosoboronexport assinou com a companhia francesa DCNS um contrato para a construção de dois navios deste tipo em junho de 2011. As partes posteriores dos porta-helicópteros foram construídas no estaleiro russo Baltiysky (que faz parte da Corporação Unida de Construção Naval) em São Petersburgo. O acoplamento com as partes anteriores e as obras de acabamento foram efetuadas no estaleiro da companhia STX France, em Saint-Nazaire.

O primeiro navio de desembarque Vladivostok a França deveria ter sido entregado em 14 novembro de 2014. O segundo navio deverá ser entregado até o final de 2015.

Mais cedo o presidente francês, François Hollande, disse que decidiu suspender a entrega do primeiro dos navios (Vladivostok) por causa da situação na Ucrânia. Por sua vez, a Rússia declarou que está à espera do navio ou da restituição do dinheiro.


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