Mil iraquianos foram mortos em março, segundo a ONU

Escalada de violência acompanha intensificação de combate ao Estado Islâmico no país


O Globo
com agências internacionais

BAGDÁ - Um total de 997 iraquianos foram mortos em março, em episódios de violência, enquanto outros 2.172 acabaram feridos no período, segundo a missão da ONU no país. Das vítimas fatais, 729 eram civis e 268 eram membros das forças de segurança. Pelo menos 12.200 civis foram mortos ao longo de 2014, segundo as Nações Unidas, marcando o ano mais violento no país desde 2007.


Soldado iraquiano acompanha resquícios de combate no Norte de Tikrit: Estado Islâmico é o principal responsável por escalada na violência Foto: ALAA AL-MARJANI / REUTERSSoldado iraquiano acompanha resquícios de combate no Norte de Tikrit: Estado Islâmico é o principal responsável por escalada na violência - ALAA AL-MARJANI / REUTERS

A maior parte das mortes e dos ferimentos em março ocorreu em Bagdá: 362 perderam as vidas, enquanto 928 se machucaram. As províncias de Diyala, Salahudin e Nineveh, se seguiram.

“Estou chocado em ver que os iraquianos continuam diante de números assustadores de mortes causadas por sucessivas ondas de violência, que ameaçam ainda mais com sofrimento e miséria”, disse o enviado-chefe da missão da ONU no país, Jan Kubis. “As Nações Unidas pedem que o governo do Iraque garantam a segurança dos civis e esteja de acordo com os princípios dos direitos humanos.”

A crise de violência no país se intensificou em junho, com a intensificação da ação do Estado Islâmico na região. No Norte do país, o grupo jihadista tomou territórios como a importante cidade de Mossul, base da cultura assíria e um dos berços civilizatórios.

A ONU também pediu, através de comunicados e redes sociais, uma intensificação da ajuda humanitária em cidades recém-libertadas do EI, como Tikrit, al-Baghdadi e Anbar. Com 200 mil habitantes antes da ofensiva, a cidade natal de Saddam Hussein passou por quase um mês de confrontos entre jihadistas e forças aliadas ao governo iraquiano.

Ainda nesta quarta-feira, alguns combates na parte Norte de Tikrit eram registrados. Todas as demais áreas foram tomadas pelo governo, com o apoio de milícias.



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