EUA se recusam a atacar caminhões-cisterna do Estado Islâmico que vão para a Turquia

O exército americano se recusa a atacar os caminhões do Estado Islâmico que contrabandeiam petróleo sírio e iraquiano para a Turquia, alegando que são alvos civis, disse um proeminente político iraquiano.


Sputnik

“Eu pessoalmente contatei representantes estadunidenses pedindo-lhes para alvejarem os caminhões-cisterna do EI que transportam petróleo iraquiano e sírio para a Turquia, mas me informaram que são alvos civis e então não podem os atacar”, disse à Sputnik o líder do partido da Coalizão do Estado de Direito no parlamento iraquiano e antigo conselheiro para a Segurança Nacional, Mowaffak Rubaie.


Ataques aéreos russos contra caminhões-cisternas do EI na Síria
Caminhões-tanque do EI © Foto: Ministério da Defesa da Rússia

O ministro do Exterior russo Sergei Lavrov disse anteriormente nesta semana que o incidente com o bombardeiro russo Su-24 abatido pela Força Aérea turca supostamente sobre o território sírio foi uma resposta aos ataques russos contra instalações petrolíferas do Estado islâmico.

O chanceler sírio Walid Muallem por sua vez afirmou que o filho do presidente turco Recep Tayyip Erdogan pode ter interesse no comércio clandestino de petróleo com o grupo terrorista Estado Islâmico.

Ele também disse que a Turquia abateu o avião russo agindo em nome da empresa petrolífera propriedade do filho do senhor Erdogan, Bilal.

Entretanto, o presidente russo Vladimir Putin, durante o encontro com o seu homólogo francês François Hollande em 26 de Novembro, falou de um fornecimento de petróleo à Turquia “à escala industrial” pelos terroristas na Síria. Como prova das suas palavras Putin, apresentou fotos feitas por pilotos militares russos deslocados na Síria.

Nesta terça-feira (24), um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco no espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi salvo e enviado para a base de Hmeymim.

Ancara declara que derrubou o avião russo porque ele violou o espaço aéreo turco, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que durante todo o voo o avião se manteve sempre sobre o território da Síria. “Isto foi registrado por meios objetivos de controle", acrescentou o departamento militar. O presidente russo Vladimir Putin chamou o abate do avião de "golpe nas costas" por parte de coniventes com o terrorismo.


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