Contatos entre Ancara, Damasco e Moscou ajudarão na saída para impasse sobre Síria?

A França apresentou proposta de lançar uma ofensiva contra a cidade de Raqqa, considerada baluarte do Daesh na Síria.


Sputnik


É evidente que na operação, que tem por objetivo libertar Raqqa, o Ocidente planeja usar combatentes curdos que ocuparam a estrada entre Raqqa e Mossul, fechando a principal rota dos militantes entre as duas cidades controladas pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia). 


Militar turco na fronteira turco-síria, 1 de setembro de 2016
Militar turco na fronteira com a Síria © AFP 2016/ BULENT KILIC

O Ocidente aposta nas unidades das forças de autodefesa curdas na luta contra o Daesh. Sendo assim, Ancara está pensando seriamente em se juntar a Moscou e Damasco na coordenação das ações. Em entrevista à Sputnik Turquia, Haldun Solmazturk, ex-chefe da Direção para Segurança Internacional do Estado-Maior das Forças Armadas turcas, informou que os EUA estão prestando apoio militar técnico, material e psicológico às unidades das forças de autodefesa curdas.


Solmazturk é também presidente do Instituto "Turquia no século XXI" e cientista-chefe do Departamento de Segurança Internacional do Instituto Real de Relações Internacionais, general de brigada aposentado da Infantaria do exército turco.

Segundo ele, "uma aliança político-militar se formou entre os militares americanos e combatentes curdos. É evidente que durante a operação, que visa libertar e ocupar Raqqa, os EUA usarão as forças curdas em primeiro lugar". O especialista destaca que a Turquia se opõe ao uso destas unidades, mas EUA rejeitam todas as reclamações turcas a esse respeito. "Os receios turcos são claros. Ancara não quer que uma autonomia federativa curda surja na Síria, imagine um estado curdo independente", aponta Solmazturk.


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem