EUA confirmam morte de líder da Al Qaeda no Afeganistão

Pentágono confirmou a morte de Qahtani em um bombardeio em outubro.

Agência de inteligência afegã diz que outro líder, Utaybi, também foi morto.


G1 com agências internacionais

O Pentágono confirmou nesta sexta-feira a morte de Farouq al-Qahtani, principal líder da Al-Qaeda no Afeganistão, durante um ataque aéreo, no mais duro golpe recentemente contra o grupo terrorista, que tenta se restabelecer no país.

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Membros da Al-Qaeda no Afeganistão

"Este ataque bem sucedido é mais um exemplo das operações de Estados Unidos para degradar as redes terroristas internacionais e tomar como alvo líderes terroristas que buscam atingir a pátria americana, nossos interesses e nossos aliados no exterior", disse o porta-voz do departamento de Defesa, Peter Cook.

Cook disse que outro líder da Al-Qaeda no Afeganistão, Bilal al-Utabi, foi alvo de um segundo ataque, cujo resultado é desconhecido.

No final de outubro, a Direção Nacional de Segurança (NDS) --a agência de inteligência afegã-- informou que "Farouq al-Qahtani, Bilal al-Utabi e um terceiro membro do grupo morreram em um ataque da coalizão na província de Kunar".

O ataque aéreo ocorreu em 23 de outubro, na província de Kunar, na fronteira com o Paquistão. O ataque foi realizado com drones, que dispararam vários mísseis contra dois prédios separados, onde estavam os alvos.

Ao menos 15 rebeldes morreram no ataque, incluindo dois árabes e vários combatentes talibãs paquistaneses, segundo o porta-voz provincial Abdul Ghani Mosamem.

Um oficial americano qualificou a operação como a "mais importante contra a Al-Qaeda em muitos anos". "Eles são os líderes mais importantes da Al-Qaeda no Afeganistão. Sua morte representaria um sério revés para o grupo terrorista", disse na ocasião o serviço de imprensa do Pentágono.

Funções na Al-Qaeda

 
Os Estados Unidos perseguiam Al-Qahtani, ligado ao finado líder Osama Bin Laden, há vários anos. Al-Qahtani era apontado como o organizador e financiador dos ataques contra as forças da coalizão no Afeganistão, assim como no sudeste da Ásia e no Ocidente.

Já Al-Utabi era considerado o responsável por "converter o Afeganistão em uma retaguarda segura a partir de onde ameaçaria o Ocidente e por supervisionar o recrutamento e o treinamento dos combatentes estrangeiros", segundo Cook.

Al-Qahtani havia sido localizado em 2012, mas o ataque para eliminá-lo foi cancelado no último minuto devido ao risco de que fossem registradas vítimas civis. De nacionalidade catariana, ele teria nascido na Arábia Saudita entre 1979 e 1981 e estava ativo no Afeganistão ao menos desde 2009.

A partir de 2012, Al-Qahtani enviou vários suicidas contra bases das forças militares afegãs e comboios da coalizão ocidental, segundo oficiais do Pentágono.



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