Autoridades de Okinawa, Japão, têm de aceitar a presença norte-americana na ilha

O governador da prefeitura japonesa de Okinawa, Takeshi Onaga, aprovou a decisão do tribunal que permite às autoridades centrais do Japão continuar com a construção do novo aeródromo militar e deslocamento da base militar norte-americana de Futenma, informou a agência Kyodo, citando fontes anônimas.


Sputnik

Segundo a agência, é um passo decisivo para reiniciar trabalhos de construção suspensos no norte da ilha de Okinawa. Onaga, bem como a comunidade local, durante muito tempo se opôs à construção.


Aviões da Força Aérea F-22 Raptors e F-15 Eagles na base aérea de Kadena, Okinawa, Japão (foto de arquivo)
Caças norte-americanos F-15 e F-22 Raptor na base aérea de Kadena, em Okinawa, Japão © AP Photo/ Greg Baker

O secretário-geral do gabinete dos ministros do Japão, Yoshihide Suga, disse, em briefing da segunda-feira (26), que o governo central "está realizando preparos necessários" para reiniciar a construção, suspensa por decisão de Onaga neste ano.

Segundo a agência de notícias Kyodo, os trabalhos podem ser reiniciados nesta semana. 


O governador decidiu submeter-se à decisão do Tribunal Supremo que na semana passada reconheceu como ilegal a decisão de Onaga sobre anulação da construção do aeródromo e devolução do território aos EUA. Tal decisão foi tomada pelo antecessor Hirokazu Nakaima, mas Onaga anulou-a, exigindo a retirada da base de Futenma da cidade densamente povoada de Ginowan.

Yoshihide Suga informou que, na terça-feira (27), irá se encontrar com o governador Onaga para discutir a representação de Okinawa no orçamento nacional.

Mais cedo, tornou-se público que o Japão e os EUA atingiram o acordo sobre a base norte-americana na ilha de Okinawa. Os EUA prometeram devolver ao Japão partes do território usado pela base norte-americana. 

Apesar da devolução do terreno, 70% de todas as instalações militares dos EUA no Japão continuarão em Okinawa. Conforme os dados da administração de Okinawa, quase 26 mil soldados norte-americanos e 19 mil membros da família dos oficiais dos EUA estão instalados na ilha.

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