Marinha chinesa aumenta capacidade para ultrapassar EUA no mar do Sul da China

A capacidade da Marinha dos EUA para abordar as preocupações de seus aliados e manter afastados os inimigos potenciais para o mar do Sul da China é uma "questão aberta", supõem analistas militares.


Sputnik


De acordo com especialistas, a grande acumulação de mísseis e navios de guerra da Marinha do Exército de Libertação Popular da China pode causar escaladas em relação ao domínio naval na região.

Navio chinês participa em exercícios militares navais com a Rússia
Navio chinês em exercício militar © AP Photo/ Xinhua, Wu Dengfeng, File

O presidente norte-americano Donald Trump propôs um aumento de 54 bilhões de dólares no orçamento militar do país. A China, por sua vez, aumentou significativamente seus gastos de defesa "quase a cada ano, durante as últimas duas décadas", escreve Pete Apps, colunista da Reuters.

A região do mar do Sul da China tem sido palco de diferentes atritos nos últimos meses. Imagens registradas recentemente das ilhas da região mostram a construção por parte da China de postos militares avançados que a inteligência americana considera capazes de abrigar mísseis terra-ar de longo alcance.

Além disso, pesquisadores chineses realizaram missões de perfuração em águas profundas, como parte de uma iniciativa para desenvolver a primeira plataforma de observação submarina do mundo.

A Marinha do Exército de Libertação Popular da China reuniu fontes de novos fundos para apoiar a projeção do poder naval chinês em todo o mundo, em grande parte motivada pela imprevisibilidade de Trump. O presidente norte-americano tem apoiado publicamente o Japão na disputa sobre as ilhas Senkaku / Diaoyu, no mar do Sul da China, falou por telefone com a principal líder de Taiwan e qualificou Pequim de "grande campeão" da desvalorização artificial da moeda.

De acordo com o Royal United Services Institute, um centro de pesquisa com sede no Reino Unido, a marinha da China planeja vir a ter "500 navios de guerra, incluindo porta-aviões, submarinos nucleares, navios anfíbios e fragatas".

Um porta-voz do "think tank" argumentou que, apesar de que "é difícil lembrar o crescimento a um ritmo semelhante em qualquer marinha de guerra ao longo da história, Pequim está lentamente avançando" nessa direção.

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