Opinião: Durante manobras Zapad 2017 a Rússia demonstrou suas armas mais modernas

Durante as manobras russo-bielorrussas Zapad 2017, realizadas entre 14 e 20 de setembro, a Rússia demonstrou diversas "inovações técnicas". É assim como o analista Nicholas J. Myers descreve os resultados das manobras em um artigo publicado na revista The National Interest.


Sputnik

O autor deu uma avaliação especial aos sistemas de mísseis Iskander e Bal, bem como aos sistemas móveis de mísseis S-400 Triumf. Na lista de "verdadeiras inovações técnicas" The National Interest também menciona o sistema SIGINT (coleta de informações ou inteligência via interceptação de sinais de comunicação de pessoal ou máquinas), em particular, veículos aéreos não tripulados, bem como os sistemas que usam o GLONASS (análogo russo do GPS).


Sistema de mísseis Iskander
Sistema de mísseis Iskander © REUTERS/ SERGEI KARPUKHIN

Os Iskander foram demonstrados no campo de treinamento de Luzhsky, tendo também sido testado o míssil tático Tochka-U.

De acordo com Mayers, nos últimos dois anos, o complexo de mísseis Bal começou a ser instalado nas bases aéreas e navais por toda a Rússia. Os treinamentos deste ano não podiam passar sem ele, sublinha o autor, tendo sido acionado a 19 de setembro.

As manobras realizadas pela Rússia e Bielorrússia provocaram críticas por parte de vários países, embora tenham contado com cerca de 100 observadores (adidos militares) estrangeiros. Em particular, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Viktor Muzhenko, afirmou que, depois das manobras, a Rússia deixou uma parte de suas tropas no território da Bielorrússia.

Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia apontou que as declarações da OTAN quanto às manobras Zapad 2017 são infundadas. Além disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, desmentiu as acusações de insuficiente transparência dos exercícios, tendo qualificado o “aumento da histeria” em torno deles como "provocação".

O secretário de imprensa da embaixada russa nos EUA, Nikolai Lakhonin, assinalou que os cenários catastróficos que foram espalhados nos países ocidentais devido às manobras não se vieram a verificar, e que estas foram transparentes ao máximo.


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