Por que Coreia do Norte deve recear a Força Aérea sul-coreana?

O segundo braço mais poderoso das Forças Armadas da Coreia do Sul após o exército é a sua aviação, afirma o analista dos EUA Kyle Mizokami no seu artigo para o The National Interest, citado pelo RT.


Sputnik

De acordo com o analista do The National Interest, a Força Aérea sul-coreana é a mais poderosa da península de Coreia, com capacidades muito maiores do que as da aviação norte-coreana. De acordo com o Pentágono, Pyongyang conta com uma frota de mais de 1.300 aviões militares, mas estes são principalmente modelos soviéticos modernizados, informa o RT.


Caça sul-coreano T-50 durante um show aéreo, Coreia do Sul, 2008 (foto de arquivo)
Treinador sul-coreano A-50 © AFP 2017/ KIM JAE-HWAN

Durante a Guerra da Coreia (1950-1953) Seul praticamente não tinha aviação militar para conter Pyongyang. Mas as coisas se alteraram e, em caso de revanche, a Força Aérea da República da Coreia (ROKAF em inglês) vai lidar com as envelhecidas aeronaves norte-coreanas da época soviética, escreve o autor.

Após a guerra e graças ao rápido crescimento econômico, a Coreia do Sul conseguiu criar uma moderna frota de aviões militares. Atualmente a ROKAF conta com 61 caças F-15K e 169 F-16C, bem como com 158 aviões de combate F-5 e 71 bombardeiros F-4. Para além disso, o país está desenvolvendo os caças ligeiros T-50 e encomendou mais 40 caças estadunidenses de quinta geração F-35.

O F-15K é uma versão modernizada do F-15E, equipado com modernos sistemas de busca e aquisição de alvos, radares e equipamento de guerra eletrônica. Além de projéteis potentes, o caça pode utilizar mísseis de cruzeiro SLAM-ER e Taurus KEDP-350K. Este último conta com uma ogiva penetrante que pode atingir alvos fortificados. Graças ao seu alcance de 500 km, Seul pode atacar a maior parte do território norte-coreano sem entrar no espaço aéreo do país vizinho.

A frota de caças F-16C é capaz de realizar ataques de precisão e é dotada de mísseis táticos antirradar AGM-88 HARM, utilizados nas missões de supressão dos sistemas de defesa aérea.

Além das aeronaves de combate, a Força Aérea da Coreia do Sul encomendou 4 aviões de alerta precoce Boeing 737 AEW&C, equipados com um radar de varredura eletrônica capaz de detectar alvos aéreos a uma distância de até 320 km e marítimos de até 240 km.

A ROKAF também possui 8 aviões Hawker 800XP, que permitem monitorar instalações a uma distância de até 80 km, informa o autor. Além do mais, possui uma grande frota de helicópteros de transporte CH-47 Chinook, S-70 e S-92. O ponto fraco, de acordo com ele, é que a Coreia do Sul não tem aviões de reabastecimento em voo.

Seul está também desenvolvendo, junto com a Indonésia, o seu primeiro caça furtivo KFX de geração 4,5, para substituir os F-4 e F-5. O país planeja produzir mais de 120 caças deste tipo até 2025. Além do mais, Seul celebrou com Washington um contrato de fornecimento de 4 drones de vigilância aérea RQ-4 Global HAwk, que vão ser entregues no próximo ano.

Deste modo, confirma o autor, Seul está bem preparada para conter Pyongyang com a sua força aérea moderna e, teoricamente, não terá problemas em vencer na batalha com o seu rival norte-coreano.

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