França diz que 'atacará' no caso de 'prova comprovada' de armas químicas na Síria

Emmanuel Macron diz que ainda não há provas de que armas químicas foram usadas por civis.


RFi

Se a França obtiver provas comprovadas de que armas químicas proscritas estão sendo usadas pelo regime contra civis na Síria, “nós atacaremos", disse o presidente francês Emmanuel Macron nesta terça-feira (13), durante coletiva de imprensa com a associação de jornalistas credenciados pelo Palácio do Eliseu, em Paris.

O presidente da França, Emmanuel Macron, em imagem de arquivo (Foto: Yoan Valat/Pool/AFP)
O presidente da França, Emmanuel Macron, em imagem de arquivo (Foto: Yoan Valat/Pool/AFP)

"Atacaremos no lugar onde os disparos são feitos ou onde eles são organizados, mas a linha vermelha será respeitada", disse o presidente francês Emmanuel Macron. "Mas hoje não temos ainda a prova de que armas químicas condenadas pelos tratados internacionais foram usadas contra populações civis", acrescentou o chefe de Estado.

Segundo Macron, a França deseja assegurar nas próximas semanas uma reunião sobre a Síria destinada a erradicar atividades balísticas com origem no território sírio. "Neste contexto, gostaria que pudéssemos discutir uma verdadeira continuação sustentável do destino político da Síria", disse o presidente francês.

A tensão aumentou neste fim de semana na Síria, quando o exército israelense realizou uma série de ataques aéreos contra alvos sírios e iranianos.

'Fonte de desestabilização'

"Atividades balísticas iranianas ou ligadas ao Irã, vimos que, tanto no Iêmen quanto também na zona síria, elas foram uma fonte de desestabilização, um problema para a segurança de muitos dos nossos aliados", afirmou Macron, reafirmando o desejo de abrir uma nova rodada de negociações para "colocar o Irã em vigilância balística".

"Isto é essencial para a segurança da região e nós devemos, portanto, ter um mecanismo de sanção e controle adequados para isso", completou o chefe de Estado." Qualquer forma de resolver esta situação pelo Exército hoje é um erro, já perdemos muito tempo com a balística e a política regional iraniana”, concluiu Macron.

As declarações da França sobre "as tentações hegemônicas" do Irã na região e da vontade de Emmanuel Macron de enquadrar a atividade balística iraniana lançaram um balde de água fria nas relações entre Paris e Teerã no fim de 2017.

Teerã garante que seu programa balístico tem apenas uma vocação defensiva e que o Irã não está preocupado com o acordo sobre seu programa nuclear, concluído em julho de 2015, após duras negociações.

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