Rússia adverte EUA que seus aviões encontrarão caças russos na Crimeia

O Ministério de Defesa da Rússia advertiu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que a Crimeia é território russo e que os aviões espiões americanos que se aproximarem dessa península se encontrarão com caças russos, e não com ucranianos.


EFE

"Gostaríamos de lembrar ao comandante do Grupo Operativo 67 da Sexta Frota (dos EUA) que a Crimeia é território inalienável da Rússia. Ao enviar seus pilotos em missões de reconhecimento a essa área do mar Negro, deve levar em conta que serão recebidos por caças russos, não pelos seus parceiros ucranianos", destaca um comunicado da Defesa russa.

Comemoração do aniversário de 3 anos da anexação da Crimeia em foto de 2017. EFE/EPA/Maxim Shipenkov
Comemoração do aniversário de 3 anos da anexação da Crimeia em foto de 2017. EFE/EPA/Maxim Shipenkov

A outra opção, segundo acrescenta a nota com tom irônico, "é distribuir entre todas as tripulações os novos mapas com o traçado correto das fronteiras do espaço aéreo da Rússia".

O Ministério russo respondeu assim ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, que acusou a Rússia de ter praticado há dois dias uma manobra militar perigosa em espaço aéreo internacional sobre o mar Negro.

Segundo os EUA, um caça SU-27 russo voou a pouco mais de um metro e meio de um avião-patrulha EP-3 da Marinha americana, "violando flagrantemente as leis e acordos internacionais".

O Ministério de Defesa russo respondeu que o EP-3 se aproximou da fronteira do espaço aéreo da Crimeia com o transponder desligado, razão pela qual caças russos decolaram para vigiá-lo.

"As manobras do caça russo foram as habituais, absolutamente legais e não representavam nenhum perigo para o avião-patrulha americano", garante o comunicado.

A nota completa que as forças aeroespaciais russas "seguirão garantindo a vigilância das fronteiras do espaço aéreo da Rússia".

"Se isto provoca depressões ou fobias aos pilotos americanos, recomendamos à parte americana que renuncie a estes voos perto das fronteiras russas ou que volte à mesa de negociações para estabelecer as regras", conclui o comunicado.

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