Começa em Bruxelas cúpula de chefes de Estado e de governo da Otan

Os chefes de Estado e de governo dos 29 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deram início nesta quarta-feira à cúpula de dois dias em Bruxelas, na Bélgica, na qual esperam aprovar medidas para a segurança na Europa e fazer frente às ameaças terroristas, além de superar as diferenças com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


EFE

Bruxelas - A cúpula começou às 14h30 locais (9h30, em Brasília) na nova sede da Otan. Para a noite está marcado um jantar de trabalho no Parque do Cinquentenário em Bruxelas, situado no bairro europeu.

EFE/ Ian Langsdon
EFE/ Ian Langsdon

A reunião acontece em um contexto de divisão entre os Estados Unidos e a Europa em âmbitos como o comércio, o acordo nuclear iraniano e a mudança climática, após as medidas unilaterais adotadas por Washington, e de tensão pela pressão que Trump impõe a seus aliados europeus para que cumpram com seus compromissos de gastos em defesa.

Sobre a mesa está a exigência da Casa Branca de que seus aliados do Velho Continente destinem pelo menos 2% de seu PIB aos gastos em defesa daqui até 2024, um ponto que gerou tensões pelo interesse de Trump em conseguir esse número o mais rápido possível.

Por enquanto, apenas oito dos 29 aliados cumprem essa meta e está previsto que, até 2024, o número chegue a 15.

Antes de sentar à mesa com seus parceiros, o presidente americano tachou de "morosos "os aliados que ainda não cumprem esse compromisso, que foi selado na cúpula do País de Gales em 2014.

"São morosos no que diz respeito a mim porque os Estados Unidos tiveram que pagar por eles", comentou Trump durante um pequeno almoço com o secretário-geral da Otan, o ex-primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, antes da cúpula.

Stoltenberg destacou que há alguns anos os aliados estavam "reduzindo" seus gastos e hoje estão "comprometidos a gastar mais e a dividir o fardo econômico" entre os países-membros.Em paralelo à reunião da Otan, Trump manterá encontros bilaterais com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

As reuniões acontecerão depois que Trump afirmou hoje que a Alemanha está "totalmente controlada" pela Rússia por causa do gás que recebe desse país.

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