5 mitos sobre o AK-47

Rifle de assalto Kalashnikov não é somente um dos modelos de armas de fogo mais populares do mundo, mas também símbolo de simplicidade e confiabilidade. Mas, embora seja um nome familiar, sua história é cercada de mitos.


Russia Beyond

1. Kalashnikov é clone do StG 44 alemão


Sim, as duas armas são extremamente parecidas e não há dúvida de que os soviéticos capturaram os fuzis alemães no final da Segunda Guerra Mundial.


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Armémuseum/Wikipedia

No entanto, os primeiros StG 44 caíram nas mãos do Exército Vermelho apenas em 1944, enquanto o projetista Aleksei Sudáiev apresentou aos militares da URSS a primeira versão do fuzil automático que posteriormente foi batizado de AK já em 1943.

O fuzil de assalto AS-44 projetado por Aleksêi Sudaiev venceu um concurso para o fornecimento de armas ao exército realizado em 1944. Mas decidiu-se aprimorar a arma.

Dois anos depois, Sudaiev morreu repentinamente, aos 34 anos de idade, e não havia ninguém disponível para terminar seu trabalho. A criação do rifle de assalto foi deixada em aberto e só depois foi lançada uma nova concorrência. As especificações técnicas, porém, baseavam-se principalmente nas características da já testada arma de Sudaiev, e não na Sturmgewehr Stg-44 (que era então utilizada em testes comparativos).

Após uma série de longos e complexos testes, a liderança soviética optou, enfim, pelo fuzil de assalto Kalashnikov de calibre 7,62 mm (AK), o AK-47.

A principal diferença entre o AK e o alemão StG 44 está na construção da arma. Além das diferenças externas, as duas armas têm diferentes mecanismos de fogo, carregadores que não são intercambiáveis e diferentes configurações de desmontagem.

Porém, não é possível negar que os engenheiros alemães tenham contribuído para o desenvolvimento do fuzil de assalto soviético. Após a vitória na Segunda Guerra Mundial, o escritório de projetos de Hugo Schmeisser passou a funcionar na cidade soviética fechada de Ijévsk e ajudou a melhorar o AK-47.

2. Kalashnikov é fuzil único, sem análogos

Graças a seu design simples, eficiência, baixo custo e manutenção fácil, o fuzil AK se tornou um dos símbolos da revolução e da luta pela independência em diversos países do mundo.

Jan Hrdonka/Wikipedia


No entanto, a plataforma do Kalashnikov não é única. Os tchecos, por exemplo, criaram fuzis de assalto usando plataformas semelhantes, como o SA Vz. 58.

Este fuzil parece uma réplica do AK, mas funciona de maneira diferente e, como no caso do alemão StG 44, só pode usar seus próprios carregadores.

O SA Vz.58 foi utilizado por militares da Europa Oriental até 2010, mas não ganou tanto renome porque não era tão confiável como o AK.

3. O Kalashnikov não pode acertar alvos a mais de 300 metros de distância

É pouco provável que um atirador inexperiente acerte um alvo a 300 metros com um Kalashnikov. Mas soldados profissionais podem acertar alvos a mais de 400 metros com a arma.

Legion Media


O alcance efetivo do AK depende muito da configuração do fuzil e da experiência do atirador: é preciso usar a "trajetória arqueada", ou seja, apontar ligeiramente para o lado e para cima, tendo em conta a força do vento, a pressão do ar e a distância.

4. Kalashnikov é uma arma ideal, amada universalmente desde que foi inventada

Embora a mais famosa versão do Kalashnikov tenha surgido em 1947, a arma ganhou fama 12 anos mais tarde, quando foram aprimorados os mecanismos do fuzil.

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O AK que conhecemos hoje é o modelo de 1959, que o próprio Kalashnikov refinou, eliminando as falhas que eram indicadas pelos militares. A versão inicial da arma tinha problemas ligados à durabilidade, confiabilidade e precisão.

Mesmo após a modernização, o AK ainda estava abaixo de seus concorrentes da OTAN em termos da precisão, mas tinha maior poder destrutivo, uma confiabilidade incrivelmente alta e era capaz de disparar na lama, água, areia e neve.

5. A ideia do AK pertence pessoalmente a Mikhaíl Kalashnikov


Kalashnikov era um engenheiro genial, mas trabalhava como o projetista-chefe de uma grande equipe de engenheiros que desenvolveu a ideia de Sudaiev de 1943. O AK surgiu graças aos esforços de muitos especialistas, inclusive os alemães do escritório de Schmeisser.

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