Exército dos EUA busca novas armas para 'conflito de alta intensidade'

O secretário do Exército dos EUA, Mark Esper, informou que a Estratégia Nacional de Defesa (NDS) havia mudado as prioridades das forças militares o suficiente para que se fizessem ajustes substanciais em seus programas sobre armamentos.


Sputnik

Líderes do Exército dos EUA revelaram recentemente que estão informando aos comandantes militares superiores sobre novas armas sendo construídas especificamente para "conflito de alta intensidade" contra a China e a Rússia, em um novo esforço para assegurar que eles possam fornecer poder de fogo vital para os campos de batalha potenciais do futuro.


Lança-foguetes estadunidenses Himars
HIMARS | CC BY 2.0 / Fort Bragg / Operation Vulcan

Para Esper, veículos como o JLTV (Joint Light Tactical Vehicle), "foram, em muitos aspectos, projetados para um conflito diferente".

"Isso não significa que não vamos usá-los em conflitos futuros, mas agora minha ênfase deve ser na reconstrução de minha armadura, na reconstrução de meus veículos de combate, em aeronaves que possam penetrar nas defesas aéreas da Rússia e da China e derrubar drones e mísseis russos e chineses, helicópteros e aeronaves de asa fixa", ressaltou o secretário.

Segundo comunicou a revista militar Defense One, Esper também comentou as declarações do chefe do Exército sobre necessitar de armas pesadas, como artilharia de longo alcance, aviões de ataque e reconhecimento, defesas aéreas e de mísseis e redes de comando e controle.

"O que eu não tenho agora é um avião de ataque/reconhecimento […] É isso que preciso para entrar nas defesas aéreas russas ou chinesas. Não vou fazer isso com um helicóptero de transporte pesado CH-47 Chinook."

No topo da lista de Esper está o míssil de longo alcance LRPF (Long-Range Precision Fires), uma arma em desenvolvimento desde 2017 que o secretário espera usar "para manter os navios chineses distantes".

De acordo com um comunicado do Exército norte-americano, esse míssil foi projetado para ser implantado a partir dos sistemas de lançamento de foguetes móveis MLRS ou HIMARS e terá "capacidade de ataque profundo" que pode "chegar a mais de 300 km".

O míssil LRPF é apenas um dos muitos armamentos em desenvolvimento no Pentágono que ultrapassaram os limites do recém-descartado Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).

Em março, quando o Exército dos EUA lançou orçamento para 2020, inúmeras armas terrestres com faixas proibidas pelo tratado foram encontradas nos livros.

O Exército dos EUA quer gastar US$ 900 milhões (R$ 57 bilhões) ao longo dos próximos cinco ciclos de orçamento para desenvolver um "míssil de médio alcance móvel" (MMRM), informou o portal Inside Defense.

Já a revista Defense News observa que o desenvolvimento do MMRM é "resposta a uma necessidade, na zona de operações indo-pacífica, de suprir uma lacuna de capacidade de médio alcance [mil quilômetros] nessa zona", mas os documentos do orçamento esperam que a arma venha a estar pronta até 2024.

Na quarta-feira (17), o analista de política financeira, Daniel Sankey, disse à Sputnik que a privatização gradual dos equipamentos e as operações militares nos últimos 50 anos causaram uma mudança significativa na forma como os militares norte-americanos operam e gastam dinheiro.

"Quando empresas privadas se envolvem, o lucro se torna prioridade sobre a segurança nacional […] É por isso que estamos considerando um conflito militar com a China e a Rússia, que seria catastrófico para a vida humana no planeta Terra", afirmou o analista.

No entanto, Sankey advertiu para não sobrestimar o poder dos empreiteiros de defesa.

"A política externa dos EUA está profundamente empenhada na preservação e expansão do seu império através dos militares. Essa é a espinha dorsal do nosso controle sobre os nossos 'aliados' e é essencial para a sua capacidade de colonizar e extrair riqueza de outros países considerados uma ameaça. Se os contratantes militares privados não fossem capazes de promover essa política externa, eles deixariam de receber os seus biliões de dólares do Departamento de Estado [dos EUA]. Dessa forma, essa relação beneficia ambas as partes — o enriquecimento dos fabricantes de guerra e a expansão do império dos EUA", concluiu o especialista.

Em fevereiro de 2018, a reavaliação do Pentágono de sua estratégia global concluiu na NDS que "a competição estratégica interestatal é agora a principal preocupação da segurança nacional dos EUA". A Revisão de Postura Nuclear (NPR) do Pentágono descreveu a situação geopolítica como um "retorno à competição das grandes potências".

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