EUA dizem que ‘jamais permitirão’ que Irã desenvolva armas nucleares

Em comunicado, Casa Branca diz que foi um erro permitir que país pudesse enriquecer urânio em qualquer nível e que ele violou termos antes mesmo de o acordo existir. Donald Trump acusa Irã de 'brincar com fogo'


Por G1

Após o governo do Irã informar nesta segunda-feira (1º) que o país ultrapassou o limite de 300 kg de urânio de baixo enriquecimento previsto pelo acordo nuclear de 2015, os Estados Unidos divulgaram um comunicado oficial, afirmando que “jamais permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares”.

Bandeira do Irã tremula em Viena, em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) — Foto: Leonhard Foeger/File Photo/Reuters
Bandeira do Irã tremula em Viena, em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) — Foto: Leonhard Foeger/File Photo/Reuters

O documento diz ainda que “foi um erro” permitir que o país enriquecesse urânio em qualquer nível, e que há poucas dúvidas de que os termos do acordo estavam sendo violados “antes mesmo de ele existir”.

Pelo acordo, assinado em 2015 por sete países durante a administração de Barack Obama, o Irã foi autorizado a produzir um limite de 300 kg de urânio enriquecido a 3,67 % - suficiente apenas para alimentar usinas de energia, mas não para fabricar armas, que necessitam de material enriquecido a 90%.

Mais tarde, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o Irã "brinca com fogo" ao superar o limite de enriquecimento de urânio acordado no tratado de 2015.

"Sabem o que estão fazendo, sabem o que está em jogo, e acho que sabem que estão brincando com fogo", disse Trump.

'Comportamento maligno'

A íntegra do comunicado norte-americano, publicado no site da Casa Branca, diz o seguinte:

"O regime iraniano agiu hoje para aumentar seu enriquecimento de urânio. Foi um erro do acordo nuclear permitir que o Irã enriquecesse urânio em qualquer nível. Há pouca dúvida de que, mesmo antes da existência do acordo, o Irã estava violando seus termos. Devemos restaurar o padrão de longa data de não-proliferação de nenhum enriquecimento para o Irã. Os Estados Unidos e seus aliados nunca permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares.

A pressão máxima sobre o regime iraniano continuará até que seus líderes alterem seu curso de ação. O regime deve acabar com suas ambições nucleares e seu comportamento maligno".

Acordo sob risco

O Irã já havia anunciado, em 17 de junho, que iria ultrapassar o limite de 300 quilos no dia 27 do mesmo mês. No início de maio, o país tinha dito que iria suspender alguns itens de seus compromissos no Plano de Ação Integral que firmou com países ocidentais sobre seu programa nuclear.

Um ano antes, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo, e passou a aplicar sanções econômicas ao Irã.

Atualmente, os demais países integrantes do acordo de 2015 (Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) tentam negociar com o Irã novos termos para que o país não reative seu programa nuclear.

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