ONU diz que ataques aéreos na Síria mataram mais de 100 civis em 10 dias

Nações Unidas afirmam que ataques foram feitos pelo governo e aliados.


Reuters

Ataques aéreos do governo da Síria e de aliados a escolas, hospitais, mercados e padarias mataram ao menos 103 civis nos últimos 10 dias, incluindo 26 crianças, disse a chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, em comunicado nesta sexta-feira (26).

Membros dos Capacetes Brancos da Síria procuram vítimas em prédio destruído por ataques nesta segunda-feira (22), supostamente realizados pelo governo sírio ou pela Rússia. — Foto: Syrian Civil Defense White Helmets via AP
Membros dos Capacetes Brancos da Síria procuram vítimas em prédio destruído por ataques nesta segunda-feira (22), supostamente realizados pelo governo sírio ou pela Rússia. — Foto: Syrian Civil Defense White Helmets via AP

"Estes são alvos civis, e parece altamente improvável, dado o padrão persistente de tais ataques, que todos eles estejam sendo atingidos por acidente", disse Bachelet, acrescentando que o saldo de mortes crescente foi recebido com "aparente indiferença internacional".

O governo iniciou no final de abril uma ofensiva contra um enclave rebelde no noroeste sírio, a última área de oposição insurgente ativa ao presidente Bashar al-Assad, dizendo reagir a violações de uma trégua.

Idlib e áreas adjacentes do noroeste foram incluídas em um acordo de "apaziguamento" firmado em 2018 entre os principais aliados de Assad, Rússia e Turquia, que apoia alguns grupos rebeldes, para reduzir os combates e bombardeios.

Nos últimos três meses, a ofensiva forçou centenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas ou de abrigos temporários para procurar refúgio perto da fronteira com a Turquia e matou centenas de civis, segundo grupos de monitoramento da guerra.

Tanto o governo sírio quanto a aliada Rússia, cujo poderio aéreo foi crucial para os avanços militares de Damasco nos últimos anos, negam visar civis ou a infraestrutura civil.


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