Washington quer posicionar mísseis na Ásia

Um dia após se desligarem oficialmente do tratado INF, Estados Unidos afirmam querer fazer frente ao crescente poderio militar da China com envio de mísseis convencionais de médio alcance para o continente asiático.


Deutsch Welle

Os Estados Unidos querem enviar rapidamente novos mísseis à Ásia com o objetivo de conter o crescente poderio militar chinês na região, anunciou neste sábado (03/08) o novo secretário americano de Defesa, Mark Esper.

USA Designierter Verteidiungsminister Mark Asper bei seiner Anhörung im Senat (Reuters/E. Scott)
Mark Esper diz que primeiro tem que discutir o assunto com os aliados

"Sim, gostaria muito de fazê-lo", declarou o novo chefe do Pentágono, depois de questionado sobre a possibilidade de os EUA enviarem novos mísseis de médio alcance para o continente asiático, agora que não estão mais abrangidos pelo Tratado de Armas Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês).

Mark Esper acrescentou que os EUA gostariam de fazer isso "o mais rápido possível", falando ainda no avião que o levou até Sydney, Austrália, primeira etapa de sua viagem de uma semana pelo continente asiático.

Esper deixou em aberto, no entanto, onde exatamente os EUA querem estacionar os novos mísseis. Ele afirmou não querer especular sobre isso, porque "essas coisas são primeiro discutidas com os aliados".

No entanto, acrescentou que a China não deveria se surpreender com o plano: "Nós temos falado sobre isso há algum tempo." O arsenal chinês é 80% composto por armas que se enquadravam nas disposições do tratado INF, apontou Esper. "Não é surpresa que queiramos capacidades comparáveis."

O chefe do Pentágono disse preferir que o prazo fosse de meses, mas ressalvando ser é o tipo de questão "com tendência a demorar mais do que o previsto".

Nesta sexta-feira, os EUA se retiraram do tratado INF, assinado pela Rússia em 1987. Tendo vigorado por mais de 30 anos, ele foi um dos mais importantes acordos do final da Guerra Fria. Sob ele, pela primeira vez as superpotências concordaram em eliminar toda uma categoria de armas nucleares e submeter-se a extensas inspeções para assegurar que ambos os lados seguissem as regras do tratado.

Há algum tempo os EUA acusavam a Rússia de descumprimento do acordo, com base em relatórios de inteligência. Washington argumentou que o míssil russo 9M729 violaria o INF. Moscou negou as alegações: com um alcance máximo de 480 quilômetros ele estaria abaixo dos limites do tratado.

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