Diplomata avaliou o "plano" dos Estados Unidos sobre o uso de bases russas na Ásia Central

O fato da possível aparição dos americanos na Ásia Central é uma tentativa de cerco geopolítico da Rússia, a criação de bases conjuntas com os Estados Unidos no Tajiquistão e no Quirguistão não é do interesse da Federação Russa. Na terça-feira, 28 de setembro, disse à "Izvestia" ex-vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, ex-secretário-geral adjunto da ONU, diplomata Sergei Ordzhonikidze.

Izvestia

"Os Estados Unidos se retiraram do Afeganistão para criar o número máximo de problemas para a Rússia e a China. O que os americanos farão a seguir na região? Eles continuarão a fomentar o conflito no Afeganistão para que flua para o território do Tajiquistão, Quirguistão e outros países da Ásia Central aliados a nós. As perspectivas para nós são inequívocas - causar nossa intervenção militar nos assuntos da região", ressaltou.

Sergei Ordzhonikidze

Não será possível usar conjuntamente bases militares com os Estados Unidos, como foi durante a Grande Guerra Patriótica, já que não há "inimigo comum", disse o diplomata, acrescentando que Moscou e Washington "não têm relações amigáveis".

Além disso, de acordo com Ordzhonikidze, não será possível controlar totalmente os militares dos EUA em tal base.

"Os aviões voarão para ele, e o que está neles, não seremos capazes de verificar. E lá, por exemplo, pode haver equipamentos de reconhecimento. Essa cooperação é outro olho observando nosso exército, e problemas desnecessários", concluiu.

Na véspera o The Wall Street Journal, o presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, em uma reunião com o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas Valery Gerasimov discutiu a possibilidade de usar as bases militares russas dos EUA no Quirguistão e no Tajiquistão, a fim de "responder a quaisquer ameaças terroristas no Afeganistão".

Foi apontado que foi uma reunião de militares de alto escalão na Finlândia, onde Gerasimov e Millie discutiram a redução dos riscos de incidentes durante as atividades militares.

Coronel da reserva, o perito militar Valery Murakhovsky afirmaque essa informação não é verdadeira. A questão, que a publicação escreveu, é iractual para a Rússia, mas anteriormente foi discutida, confirmou o especialista.

O secretário de Imprensa do Presidente da Rússia, Dmitry Peskov, por sua vez, não comentou essas informações. Ele lembrou que o The Wall Street Journal em sua publicação se referia às conversações entre os presidentes da Federação Russa e dos Estados Unidos em Genebra, sobre as quais "tudo o que poderia ser dito foi contado".

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