Sudão: chovem condenações após tentativa de golpe de Estado

A comunidade internacional, incluindo a França, condena a tentativa de golpe de Estado no Sudão e lança um apelo ao diálogo entre civis e militares. A mairia dos dirigentes civis de transição foi detida pelo exército.

Miguel Martins | RFI
com AFP

O golpe de Estado em curso no Sudão, que se traduziu na captura de dirigentes civis pelo exército, suscita grande preocupação pelo mundo fora.

O general Abdel Fattah al-Burhan (aqui na televisão estatal) dissolveu a 25 de Outubro as autoridades de transição. © AFP

O emissário da ONU Volker Perthes instou o exército a "libertar sem demora todas as pessoas detidas", detenções que qualificou como sendo "inaceitáveis".

Moussa Faki, presidente da Comissão da União Africana apelou à "retoma imediata das consultas entre civis e militares" afirmando-se consternado com o ocorrido.

O general Abdel Fattah al Burhan dissolveu hoje as autoridades de transição e decretou o estado de emergência, disparos teriam feito mais de uma dezena de feridos entre os manifestantes pró democracia enquanto a quase totalidade dos membros civis do poder em Cartum foram detidos.

Foi o caso do primeiro-ministro e da esposa.

O general em causa afirmou na televisão pretender, ainda assim, uma transição para um Estado civil e eleições livres em 2023, não obstante a dissolução do governo e do Conselho de soberania.

Com a queda de Omar al Bashir em 2019 foi instaurado um Conselho de soberania que deveria conduzir o país para eleições livres no final de 2023.

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