Japão planeja gasto de defesa recorde de olho em ameaças da China

O Japão planeja um gasto de defesa recorde em um Orçamento adicional que se espera ser anunciado junto com um pacote de estímulo econômico nesta sexta-feira, e o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe pediu um "novo nível" de cooperação de defesa com a aliada Austrália.

Por Yoshifumi Takemoto, Kiyoshi Takenaka e Elaine Lies em Tóquio
Reuters

TÓQUIO - Os desdobramentos surgem no momento em que o Japão e aliados ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, reagem à militarização chinesa crescente na Ásia-Pacífico.

Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, durante entrevista coletiva em Tóquio © Reuters

O Japão planeja alocar mais de 700 bilhões de ienes (6,12 bilhões de dólares) para a defesa em um Orçamento suplementar que formará parte do pacote de estímulo econômico a ser anunciado nesta sexta-feira pelo governo do premiê Fumio Kishida, de acordo com duas fontes do governo e da coalizão governista que não quiseram ser identificadas porque o plano não é público.

O montante é cerca de 50% superior à alta anterior, registrada no ano fiscal de 2018, em termos de gasto de defesa anual alocado em Orçamentos adicionais, disse o diário de negócios Nikkei.

Parte do gasto de defesa do Orçamento suplementar será direcionado para aviões de patrulha, aeronaves de transporte e minas, disseram as fontes.

A alocação adicional provavelmente elevará o Orçamento de defesa total para o ano fiscal que se encerrará em março de 2022 a mais de 6 trilhões de ienes, enquanto o Orçamento de defesa inicial era de 5,34 trilhões de ienes.

Há tempos o Japão se compromete a manter seus Orçamentos militares em 1% do Produto Interno Bruto (PIB), um número que ameniza temores domésticos e internacionais de uma volta do militarismo que levou o país à Segunda Guerra Mundial.

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