Erdogan: Suécia só entra na Otan se devolver 'terroristas'

Líder turco voltou a se manifestar contrário à entrada do país e da Finlândia à aliança militar ocidental, do qual é membro. Ambos entregaram candidatura formal nesta quarta (18).

Por g1

Diante da candidatura formal da Finlândia e da Suécia para integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quarta-feira (18), o presidente da Turquia, Tayip Erdogan, afirmou que seguirá se opondo à entrada dos países nórdicos à aliança militar ocidental, da qual faz parte.

O presidente turco Erdogan se posicionou contra a entrada dos dois países escandinavos — Foto: Getty Images/Via BBC

Erdogan afirmou que a Suécia "não deve esperar que a Turquia aprove a candidatura sem devolver terroristas", em referência a cidadãos curdos refugiados no país escandinavo que Ancara acusa de serem membros do PKK, o partido nacionalista curdo considerado terrorista na Turquia.

Caso contrário, "Finlândia e Suécia nem precisam vir à Turquia", avisou Erdogan. Os três países vêm tentando negociar o voto favorável de Ancara.

Pelo regulamento da Otan, a entrada de um novo membro deve ser aprovada por unanimidade por todos os países que já integram a aliança.

Até agora, todos os outros países que fazem parte da Otan já manifestaram apoio à adesão da Finlândia e da Suécia, o que a Rússia considera uma ameaça. O Kremlin já prometeu represálias sem precedentes caso as novas entradas aconteçam.

'Sensibilidade na segurança'

O presidente turco pediu aos outros integrantes que "entendam a sensibilidade na questão da segurança" da Turquia. Embora seu país seja membro da Otan, Erdogan é um dos maiores aliados comerciais da Rússia e desenvolveu relação próxima com o presidente russo, Vladimir Putin.

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