China introduz disposições sobre ações do exército de "natureza não militar"

O presidente chinês Xi Jinping assinou uma ordem sobre ações do exército de natureza não militar

RIA Novosti

PEQUIM — O presidente da República Popular da China e da Comissão Militar Central da República Popular da China Xi Jinping assinou uma ordem para promulgar um conjunto de regulamentos provisórios sobre ações militares de natureza não militar, informa a agência Xinhua.

A tripulação de um tanque tipo 96 do Exército da RPC © RIA Novosti / Evgeny Biyatov

"As disposições visam proteger a vida e a propriedade das pessoas, a soberania, a segurança e os interesses do desenvolvimento do país, a paz mundial e a estabilidade na região. O conjunto de disposições, composto por seis capítulos e 59 artigos, servirá de base legal para ações do exército de natureza não militar e entrará em vigor em 15 de junho de 2022", informou o jornal.

De acordo com o jornal Global Times citando um especialista militar anônimo, as disposições ditas fornecerão as bases legais para que as tropas chinesas realizem tarefas como ajuda a desastres, missões humanitárias e operações de manutenção da paz, e para alcançar os objetivos de "salvaguardar os interesses de soberania nacional, segurança e desenvolvimento da China".

Segundo analistas entrevistados pela mídia, a inovação permitirá aos militares chineses garantir a segurança de rotas vitais de transporte para recursos estratégicos, como petróleo, além de proteger investimentos, projetos e pessoal fora do país.

Por sua vez, na corporação de radiodifusão Rádio Ásia Livre, financiado pelo governo dos EUA, expressou preocupações sobre este conjunto de disposições. Em sua opinião, Pequim pode supostamente estar se preparando para conduzir uma operação especial, não classificada como ação militar, contra Taiwan.

As relações oficiais entre o governo central da República Popular da China e Taiwan romperam em 1949 depois que as forças kuomintang derrotadas na guerra civil, liderada por Chiang Kai-shek, mudaram-se para a ilha. Pequim não reconhece a soberania de Taiwan e tem ciúmes dos contatos de outros países com ela, insistindo em uma "política de uma China". Isso implica que Taiwan é parte integrante do território chinês, e as autoridades da RPC são o único governo chinês legítimo.

A Rússia considera Taiwan uma parte integrante da China e se opõe à independência da ilha de qualquer forma.

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