Em alguns meses, Ocidente vai apelar para Kiev conceder territórios, diz historiador britânico

Os Estados Unidos cometeram na Ucrânia um erro trágico, que pode acarretar a Kiev grandes dificuldades já no outono do Hemisfério Norte que vem, escreveu em um artigo para a edição alemã Focus o historiador britânico e professor da Universidade Harvard, Niall Ferguson.

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"O governo Biden não fez nada para resolver a crise ucraniana na sua fase inicial. […] Na minha opinião, é um erro muito tonto", acredita o historiador.

© AP Photo

Segundo Ferguson, quanto mais o conflito se prolongar, menos prontamente os países ocidentais vão ajudar Kiev.

"No Ocidente já se observa de forma clara o cansaço da agenda ucraniana. […] A unidade tem a sua data de validade", disse o especialista.

Ferguson fez uma previsão de acordo com a qual até o outono no Hemisfério Norte a determinação dos países ocidentais para ajudar a Ucrânia vai enfraquecer definitivamente. Além disso, conforme o historiador, as sanções antirrussas não trarão o efeito desejado.

"No outono, o Ocidente vai inevitavelmente começar a apelar para Kiev concordar com concessões territoriais, o que vai de fato levar à partição do país", concluiu o historiador.

O presidente russo Vladimir Putin afirmou anteriormente que conter e enfraquecer a Rússia é a estratégia do Ocidente de longo prazo, enquanto as sanções impostas pelo Ocidente afetaram de forma séria toda a economia mundial. Segundo Putin, os EUA e a União Europeia de fato anunciaram o default em relação às suas obrigações perante a Rússia, ao ter congelado as reservas cambiais russas. O líder russo afirma que os acontecimentos atuais na arena internacional estão pondo fim à hegemonia ocidental tanto na esfera política como na econômica.

Entretanto, os Estados Unidos e os seus aliados da OTAN seguem inundando a Ucrânia com armas. Moscou tem repetidamente declarado que o fornecimento da ajuda militar apenas prolonga o conflito, enquanto o transporte de munições se torna um alvo legítimo para a Força Aeroespacial russa.

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