Macron diz que embaixador francês permanecerá no Níger, apesar de pressão de junta militar

O embaixador da França no Níger permanecerá no país africano, apesar da pressão para sua retirada por parte dos líderes de um golpe de Estado recente, disse o presidente Emmanuel Macron em um discurso a diplomatas nesta segunda-feira.


Por Michel Rose | Reuters

PARIS - Macron também reiterou o apoio da França ao presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, cuja decisão de não renunciar foi considerada corajosa pelo mandatário francês.

Macron durante discurso em Paris © Thomson Reuters

"Penso que a nossa política é a certa. Baseia-se na coragem do presidente Bazoum e nos compromissos do nosso embaixador, que permanece apesar de toda a pressão, apesar de todas as declarações feitas pelas autoridades ilegítimas", disse Macron.

Na sexta-feira, a junta do Níger, que tomou o poder em um golpe de Estado em 26 de julho, disse ter ordenado ao embaixador francês Sylvain Itté que deixasse o país dentro de 48 horas.

Macron também rejeitou os apelos de alguns nos Estados Unidos e na Europa para que as potências ocidentais desistissem de Bazoum.

“Não reconhecemos aqueles que levaram a cabo o golpe, apoiamos um presidente que não renunciou e do qual continuamos aliados”, disse Macron.

O principal bloco da África Ocidental, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), tem tentado negociar com os líderes do golpe no Níger e disse que está pronto para enviar tropas para restaurar a ordem constitucional se os esforços diplomáticos falharem.

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