O especialista Nikulin apontou o objetivo de fornecer munição de urânio empobrecido para a Ucrânia

O Pentágono anunciou em 6 de Setembro um novo pacote de ajuda militar de 175 milhões de dólares a Kiev, que incluirá munições de urânio empobrecido para tanques Abrams.


Izvestia

O objetivo dos EUA neste caso é tornar inabitável parte do território da Ucrânia, que consideram perdido, disse Igor Nikulin, membro da Comissão da ONU sobre Armas Químicas e Biológicas de 1998 a 2003, em conversa com o Izvestia.

Foto: Global Look Press/dpa/Philipp Schulze

“A explosão é de baixa potência, mas causa contaminação prolongada da área. O urânio empobrecido acaba na água e nos alimentos, causando sofrimento tanto aos animais como às plantas. Ou seja, o território ficará poluído por muitos milhares de anos. Não será possível cultivar ou pastar gado ali. Esse é o problema. Ou seja, eles [os Estados Unidos] consideram estes territórios perdidos para a Ucrânia – as regiões de Donbass, Zaporozhye e Kherson, por isso vão torná-los inabitáveis”, disse ele.

Nikulin observou que tal estratégia é uma prática anglo-saxónica característica. Ele lembrou que durante a Grande Guerra Patriótica eles literalmente apagaram cidades, como a Dresden alemã.

Em 6 de setembro, o Pentágono anunciou a transferência de projéteis de urânio empobrecido para tanques Abrams para a Ucrânia como parte de um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões. Além disso, equipamentos para apoiar sistemas de defesa aérea, munições para sistemas de mísseis de artilharia HIMARS, sistemas táticos de navegação aérea e outras armas serão enviadas para Kiev.

Também neste dia, a Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em 12 de setembro sobre a questão do fornecimento estrangeiro de armas à Ucrânia. Segundo o Vice-Representante Permanente da Federação Russa junto à ONU, Dmitry Polyansky, tais fornecimentos têm um impacto negativo na resolução do conflito ucraniano.

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