Oposição na CPMI do 8 de janeiro pede à PGR a prisão de Gonçalves Dias

Sem força na CPMI do 8 de janeiro, os parlamentares mobilizaram a PGR depois de não conseguirem convencer a própria comissão a decretar a prisão


Basília Rodrigues | CNN

Parlamentares de oposição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) o indiciamento e a prisão do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro | Paulo Bomtempo/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Os crimes seriam de prevaricação e falsificação de documento público para, supostamente, acobertar responsabilidades no dia dos ataques contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.

O grupo de opositores pede ainda à Procuradoria a quebra de sigilo telemático e telefônico de G. Dias e também busca e apreensão em endereços do general.

Caberá à PGR avaliar se irá formalizar esses pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem força na CPMI do 8 de janeiro, os parlamentares mobilizaram a PGR depois de não conseguirem convencer a própria comissão a decretar a prisão.

Na solicitação à PGR, o grupo compara a situação do general G. Dias com a do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

“Tendo Anderson Torres sido preso por suposta omissão ou complacência com os atos de ódio do dia 8 de janeiro de 2023, o Representado Gonçalves Dias, diante do todo alegado, incorreu nas mesmas condutas como agente público, não podendo as instituições de fiscalização da aplicação do Sistema normativo pátrio, ter dois pesos e duas medidas após divulgadas as reveladoras imagens pela CNN“, ressaltam os parlamentares.

Imagens reveladas pela CNN do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto no 8 de janeiro foram anexadas ao pedido.

A petição também argumenta que, além de Torres, outros integrantes do governo local sofreram medidas. Citam como exemplo o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por cerca de 60 dias e a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fábio Augusto.

“Houve uma operação ‘caça as bruxas’ em relação ao Governo do DF, excluindo-se, sem justificativa plausível, as responsabilidades daquelas autoridades do Executivo Federal que, a toda prova, falharam nas atribuições que lhes eram confiadas”, alegam.

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