Países árabes exigem “caminho garantido” para criação de Estado Palestino

Emirados Árabes prometem contribuir com reconstrução de Gaza se houver garantia de criar o Estado


Nic Robertson e Mostafa Salem | CNN

Londres e Abu Dhabi - Alguns países árabes estão exigindo um “compromisso inequívoco” de Israel e um “caminho garantido” para o Estado palestino em troca da assinatura da reconstrução e normalização de Gaza com Israel, disseram autoridades regionais à CNN nesta semana.

Bandeira dos Emirados Árabes UnidosSaj Shafique/Unsplash

Os Emirados Árabes Unidos, que normalizaram as relações com Israel em 2020, condicionaram sua contribuição para a reconstrução de Gaza no pós-guerra a um “compromisso” para estabelecer um “estado palestino independente e soberano.”

“Olhando para o futuro, confirmamos que a nossa contribuição para qualquer esforço de reconstrução em Gaza estará condicionada à existência de um compromisso inequívoco, apoiado por medidas tangíveis, para lançar um plano concreto para alcançar a solução de dois Estados com um viável, Estado palestino independente e soberano, de acordo com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU, e negociado entre as duas partes com total apoio internacional”, disse uma autoridade dos Emirados Árabes Unidos.

O Wall Street Journal informou na segunda-feira (22) que os Estados árabes apresentaram uma proposta conjunta a Israel através dos EUA “para a Gaza do pós-guerra que criaria um caminho em direção a um estado palestino em troca do reconhecimento saudita de Israel.”

A proposta também inclui que os Estados árabes treinem as forças de segurança palestinas, ajudem a revitalizar e reformar a Autoridade Palestina e, eventualmente, ajudem a organizar eleições, disse o WSJ, citando autoridades árabes não identificadas.

A CNN não pôde verificar imediatamente o conteúdo da proposta.

A iniciativa ainda está sendo finalizada, mas até agora foi rejeitada pelo governo de Israel, “com a criação de um Estado palestino o principal ponto de discórdia”, disse o WSJ.

A CNN entrou em contato com os governos dos EUA e de Israel em busca de um posicionamento.

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