Embaixada do Brasil em Tel Aviv desconfiou de espionagem de Israel

Funcionários se reuniram com embaixador para pedir que fosse feita uma varredura antigrampo


Rodrigo Rangel | Metrópoles

Diplomatas lotados na embaixada brasileira em Tel Aviv se reuniram com o embaixador Frederico Meyer dias atrás para tratar da necessidade de fazer uma varredura no local em busca de grampos.

Reprodução

Antes até de estourar a crise provocada pela declaração do presidente Lula comparando os ataques em Gaza ao Holocausto, os funcionários da representação do Brasil em Tel Aviv já desconfiavam que suas conversas estavam sendo monitoradas pelo serviço secreto de Israel.

Na reunião, diplomatas mais experientes argumentaram que fazer a varredura seria inócuo porque, ainda que fosse encontrado algum dispositivo de escuta, seguramente outros seriam instalados em seguida pelos israelenses, conhecidos por deter tecnologias de espionagem de ponta.

Segundo relato feito à coluna por um dos presentes, um itamarateca graduado disse aos demais que melhor seria trabalhar com a certeza de que a embaixada brasileira (foto em destaque), assim como as de outros países, é monitorada permanentemente, ainda mais em tempos de guerra.

O argumento prevaleceu. No fim, todos saíram convencidos — e a varredura nem sequer foi encomendada.

Israel tem algumas das mais famosas agências de inteligência do mundo. A mais conhecida é o Mossad. Há, ainda, a Amam, responsável pela inteligência militar, e o Shin Bet, voltado para a segurança interna.

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