Em um comunicado, o exército israelense disse que sua força aérea atingiu "dois armazéns de armas do Hezbollah adjacentes a Saida", em resposta ao "lançamento de um drone em direção (...) norte de Israel".
Le Monde com AFP
Pelo menos dois ataques israelenses atingiram uma cidade perto da principal cidade do sul do Líbano, Saida, nesta segunda-feira (19), ferindo catorze pessoas, disse uma fonte de segurança à agência France-Presse (AFP). Os militares israelenses afirmam ter como alvo "depósitos de armas do Hezbollah". Um fotógrafo da AFP ouviu pelo menos duas explosões a poucos segundos uma da outra em Gazieh, a cerca de 50 quilômetros da fronteira com Israel. Segundo ele, uma das incursões teve como alvo um galpão próximo à rodovia litorânea com uma espessa nuvem de fumaça se espalhando pelo alto. Ambulâncias compareceram ao local.
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| A fumaça sobe de um local atingido por um ataque aéreo israelense, de acordo com a mídia estatal libanesa, perto da cidade costeira de Gazieh, cerca de 50 quilômetros ao norte da fronteira com Israel, em 19 de fevereiro de 2024. STRINGER/REUTERS |
De acordo com a Agência Nacional de Notícias, os ataques visaram um armazém onde eram fabricados pneus e geradores elétricos, bem como a área em torno de uma fábrica, ferindo "14 pessoas, a maioria trabalhadores sírios e palestinos". Dois bombeiros ficaram feridos quando tentavam controlar as chamas, segundo a mesma fonte.
Em um comunicado, o exército israelense disse que sua força aérea atingiu "dois armazéns de armas do Hezbollah adjacentes a Saida", em resposta ao "lançamento de um drone em direção (...) norte de Israel".
De acordo com as IDF, o drone provavelmente foi lançado pelo Hezbollah, que anuncia ataques diários a posições militares israelenses. O Exército respondeu com bombardeios aéreos e de artilharia, que, segundo ele, tinham como alvo a "infraestrutura" do partido e os movimentos dos combatentes perto da fronteira.
O partido xiita, que diz estar agindo em apoio ao Hamas após a guerra de Israel contra ele em Gaza, até agora não reivindicou a responsabilidade pelo ataque com drones.
A violência transfronteiriça aumentou na semana passada, quando Israel lançou uma série de ataques mortais no sul do Líbano na quarta-feira, que mataram pelo menos 15 pessoas, incluindo 10 civis, de acordo com uma contagem da AFP. Sete membros da mesma família foram mortos em um dos ataques na cidade de Nabatiyeh. Os ataques foram realizados em retaliação a um ataque não reivindicado com foguetes do Líbano contra uma base militar no norte de Israel, que matou uma soldada.
Os ataques a Gazieh estão entre os poucos bombardeios profundos israelenses em território libanês em quatro meses, com a maioria das hostilidades com o Hezbollah pró-Irã até agora limitada a áreas de fronteira.
Em mais de quatro meses, pelo menos 269 pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah e de outras formações aliadas, mas incluindo 40 civis, foram mortas no sul do Líbano, de acordo com uma contagem da AFP. Do lado israelense, 10 soldados e seis civis foram mortos, segundo o Exército.
Desde o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, o Hezbollah vem trocando tiros mortais com o exército israelense na fronteira entre Israel e o Líbano.