Mais quatro crianças morreram de "desnutrição e desidratação" em Gaza, devastada pela guerra, informou o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas nesta sexta-feira, o mais recente registro de mortes à medida que aumentam os alertas de fome.
France Presse
As mortes ocorreram no Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, disse o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qudra, em um comunicado, observando que o número de mortes de crianças por "desnutrição e desidratação" agora totaliza 10.
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| Crianças palestinas esperam para receber comida preparada por uma cozinha de caridade em meio à escassez de suprimentos de alimentos, enquanto o conflito em curso entre Israel e o Hamas continua, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 13 de fevereiro de 2024. (Reuters) |
Na sexta-feira, um porta-voz da agência humanitária da ONU OCHA disse a repórteres que "se algo não mudar, uma fome é quase inevitável" em Gaza.
"Uma vez declarada a fome, é tarde demais para muitas pessoas", disse o porta-voz, Jens Laerke.
A atenção global se voltou para as terríveis condições humanitárias em Gaza na quinta-feira, quando o Ministério da Saúde disse que mais de 100 pessoas foram mortas depois que palestinos desesperados apressaram um comboio de ajuda.
Tropas israelenses abriram fogo enquanto civis palestinos lutavam por suprimentos de alimentos durante uma confusão caótica.
Líderes mundiais pediram nesta sexta-feira uma investigação sobre as mortes e um cessar-fogo quase cinco meses após a guerra, que começou com o ataque surpresa do Hamas a Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
A ofensiva retaliatória de Israel para eliminar o Hamas já matou pelo menos 30.228, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o balanço mais recente do ministério.