Três morrem no primeiro ataque fatal do grupo houthi contra navios no Mar Vermelho, dizem EUA

Um ataque com mísseis do grupo houthi matou três marinheiros em um navio mercante no Mar Vermelho na quarta-feira, informou o Comando Central dos EUA (Centcom), as primeiras vítimas fatais relatadas desde que o grupo iemenita alinhado ao Irã iniciou ataques contra a navegação em uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo.


Por Jonathan Saul | Reuters

LONDRES - Os houthis reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, que incendiou o navio True Confidence, de propriedade grega e com bandeira de Barbados, a cerca de 93 km da costa do porto de Áden, no Iêmen.


Em uma mensagem anterior no X, respondendo à reivindicação houthi, a embaixada do Reino Unido escreveu: "Pelo menos dois marinheiros inocentes morreram. Essa foi a consequência triste, mas inevitável, do disparo imprudente de mísseis pelos houthis contra a navegação internacional. Eles precisam parar".

Os houthis têm atacado navios no Mar Vermelho desde novembro, no que eles dizem ser uma campanha de solidariedade aos palestinos durante a guerra em Gaza.

Reino Unido e Estados Unidos estão lançando ataques de retaliação contra os houthis, e a confirmação de mortes pode levar a uma pressão para uma ação militar mais forte.

O Centcom disse que o ataque houthi também feriu pelo menos quatro membros da tripulação e causou "danos significativos" ao navio. Anteriormente, uma fonte do setor de navegação afirmou que quatro marinheiros haviam sido gravemente queimados e três estavam desaparecidos após o ataque.

Os operadores gregos do True Confidence disseram que o navio estava à deriva e em chamas. Afirmaram que não havia informações disponíveis sobre a situação dos 20 tripulantes e dos três guardas armados a bordo, que incluíam 15 filipinos, quatro vietnamitas, dois cingaleses, um indiano e um nepalês.

Nesta quinta-feira, duas das vítimas foram identificadas como filipinos pelo ministério das Filipinas para trabalhadores migrantes. Em um comunicado, o governo disse que dois outros filipinos ficaram gravemente feridos no ataque e pediu "esforços diplomáticos contínuos para diminuir as tensões e abordar as causas do atual conflito no Oriente Médio".

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